domingo, 16 de outubro de 2011

A sombra do Vento.

Uma parte em mim arde por tantas cantas de vaidade. Eu hoje rastejo por aqui em mais grand sábado às encostas da boemia. Mas pra que tanto ar de escrever...
É só na escrita que me tenho como.
Pregas, rastros, terras, molhos, arranho, raspas, aspas, couros, panhos, e etc.São ofícios das minhas palavras.

Já não suportei hoje por mais um nato ar de desejo em ausência. A menina que me vem ao interfone, clama na voz, na entrada, na batida da porta, na insistência, em minha vulnerabilidade, por teu nome. E me vem as pressas, e me vem as pontas loirisses de frases prontas mei-que Clarice, e eu a entro e me lamento por dor dela que eu a tenho, mal sabe ela de uma estrela que me engole e me faz mole e me deixa de um jeito que não se pode. Quando as choras de um me entardar não se incompreende eu queixo pelo que deixo a desejar. Desculpa, não dá. Me pertenço já.

E quanto aos moços que me em volta, de uns companheiros, outros fagueiros, outros apenas despejos me tentam aos atentar. Estou entregue a boemia na paz-solidão de casa, sem um tom de zoada, com duas garrafas de vinho fosco em bosco às tragadas de massivas carteiras rachadas por ficar no bolso alvoroço do moço de luz apagada.

É a morte, é a vida, é o amor, é o sexo, é pesadelo, é o sonho, é placas das ruas, é os outdoors, é as coisas, é as janelas, é a cena, é a dela, é o uivo, é o descarinho, é o samba, é o chorinho, é o vinho, é a manhã, é o leite, é o domingo que vem, é o ninho. Ampliando a percepção.

E por falar nela, eu não quero alguém. Eu não quero tudo, eu me volto sempre antes-mente ao NADA. Preciso somente do nada. Do que me faz graça, do que me traga e racha as taças; e nesse princípio inda'gora ímpio, pelos goles a cada palavra escrita, desde quando me sei, a bendita, das minhas melhores companhias, amigos e amigas, trilha da família, e tanta alegria.... a todos que me nadam...


Vocês por mês em vez de ter o que futura se fez, precisam de conhecer o nada.


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Nas dígitas ainda me tenho por torto, é só uma levada, é o engole do caroço.
Eu me deito nas frases que nunca foram escritas nas palavras que nunca foram descobridas, que ainda passam calor.
Eu as a salvo.
Elas ainda não agradecem.
Quando souberem do que falo, eu já terei outra palavra para: agradecer.

E mon amour que se encontra em liberdade na mais pura arte não sabe o quanto em mim um penso arde.


Eu gosto dessas palavras porque pronunciam o ar.


Em tão noite feita de dia, ou O dia. E sempre o nato ar de desejo em ausência de um ser que não tem pensa   nem descaminhar.

Boemia, me leve ao breve cada vez mais distante de um ante mais falante que não queira a feira de nos endomingar, que se preocupe mais em condenar em desentardecer o mais poético gritante que nos tenha por errante, inda que a poesia signifique algo suplicante, a quanto instante me freei pra desacelerar. Que os termos já não dão mais no mesmo nem se de si lhe ofereço o preço do contentar. Estou as fagas dumas partas nas patas de uma tartaruga que me desenha elefante nas traseiras ao zumbido da coruja que se rimam    por se dar ao distante,

Até que na menos filtragem de sextas bobagens irei umas pias completar.

Cinco mil palavras, um bêbado por demais escrivão. Ao conjunto de todas elas em uma lata ou tela se dá um quadro  de uma mil aquarela de trégua, sem linha ordem bonita vírgula e, régua, numa só mão. Ritmo companheiro. Tom cancioneiro. Eu vou partir da amizade sem saudade do tudo ao escudo que furo nessa noite sem pão!


Matheus Carmo



Um comentário:

  1. Cada vez mas me rouba as palavras...Chega a cutucar bem lá no fundo..

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