domingo, 16 de outubro de 2011

Que se fez...

Algo, que queria, que não seja, mas que é, não do que era, do de à vera.
Tem algo que eu queira ser pra você?
Tem.
Quero ser a comida de seu prato, quero ser os esmaltes das suas unhas
Quero ser o próximo verso abaixo desse,
Quero voltar a ser o verso acima,
Eu quero ser o tudo que contém você.
Eu quero ser as brigas, as guerras, e os devaneios,
Eu quero ser o gole do café mais gostoso da cafeteria,
Eu quero ser o vegetal e a falta de açúcar.
Quero ser o cookie mais saboroso da padaria.
E quero andar com você nos melhores lugares desse underground segurando um cigarro e uma cerveja, na noite de um sábado não-qualquer, porque sábado nunca é qualquer.

Eu só não quero ser palavra de empurro .
Dessa que você embarca em minha boca, e causa um desembarque de raiva.

Mexer o corpo, um dance duck, mix up, um show de rock valente, ou um samba de bebida quente.

Você não pode negar muita coisa,
Em chão de pedras e buracos não se faz daça, só se entorta.

Eu tenho que zelar minha barba, minha preguiça e muitas vontades, só não posso cometer suicídio.

Se cada letra fosse um momento eu usaria a reticência pra redizer "momentos de eternidades"
Quando pra menos eu sou mais infinito.
Nasci de a sol.
Isca-me essa batida pois tu és de anzol.

Eu quero ser o texto inteiro,
Eu quero ser o inteiro,
Eu quero ficar pandeiro,
Eu quero ler rasteiro
De tanto querer...

Sou eu,
seu companheiro.



Matheus Carmo



Um comentário:

  1. Se fez o que queria ser, se fez de alguém, porque de si não é muita coisa...

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