domingo, 16 de outubro de 2011

A Queda Do Que Não Caiu Quando Me Assustou.




O céu estava caindo sobre toda tentação do universo... era um desabamento frugal para mim que entendia sobre todas as microconstelações em fragmentos de celeste alveolar e do libido insaciável dos zé's quando faz. Já via-se o céu em quase conchego com as palpas dos tatos. Havia pessoas que passaram a acreditar em toda existência do universo, havia pessoas que de tão altas comiam os algodões das nuvens, as girafas do nosso mundo atravessava o pescoço sobre o próprio teto universal e passara a descobrir novas vivências e criaturas, os mortos despencavam do céu em suicídio da vida, já os porcos da lama ... afagavam-se em tonalidades de sabores adormecidos e abatidos pela queda. O âmago da proxeneta fazia-se em claro e cardo, tinha telefones que tocavam em ritmo de desespero, com homens de alma de vazia e de bolso ocupado, gritando e esguelhando-se de curiosidades absurdas e tão próximas, por de crença ainda sofrer, por de amar ainda não conhecer morrer... era um rabisco sobre o abismo.
Eu já imaginava estas cosas quando moscas caiam do teto em encontro da facultatividade dos meus pés, aí eles escolhiam em ser crentes ou melados. O mais simples de perceber estava ali, no alojamento intercelular dos cânticos sub existenciais proferido pelas banda da casa. O mundo girava ali até então, já que hoje é o dia dos menos dias adormecidos pela humanidade.
Tereza, resolvera tirar as calcinhas e desabrochar suas brechas para as borboletas das ruas, que voavam em busca de semelhanças vadias. Marcinha se encontrara com com Tereza para o ritual de orgasmos múltiplos em descontentamentos de um procurar perdido em prol de desistência sexual. Eu ainda disse-lhe, enquanto que uma procurava a outra pelo quarteirão do bairro, que seria mais prático tentar fazer um alertador de êxito com o inventor Serafim (Que também entendia das minhas análises e tinha um nome propício para aquele dado dia).
Ela era uma puta descente, descendente de pescadores pobres e perversos, detestava sua história de vida, mas foi aprendendo com um pouco do que se diz como "evolução" nos butecos do Centro e na academia da prostituição. Tereza ignorou a minha sugestão, sabia eu que era profética, mas toda sua sabedoria era despejada em semi orgasmos e em goles de cuspidas. Toda minha cidade neste dia ainda não tinha posto os pés no chão, eles todos flutuavam, até a Tereza, a Marcinha e o inventor Serafim. Eu mantinha meus pés nos orvalhos da lua, e quanto ao inventor ... tentava me acompanhar, mas por implicâncias com a alquimia da arte, ainda se prendia em um bolo de chocolate e em uns bagulhos velhos que guardava em sua oficina.
As borboletas por sua vez, também eram dadas como burras, porque até os burros, desta vez, davam murros no céu. Eles se apoiavam com as duas patas, mostravam seus esbranquiçados dentes, e cometiam à fúria contra o céu. Já elas, se encantaram e se fixaram com as brechas...
Houve uma hora em que tudo parou. Em que só o vento caminhava pela orla da maravilha e cumprimentava viventes de euforias, ninguém o respondia, apenas eu e o Serafim. O mundo era o mesmo depois daquele dia, nós e eu, ainda vivemos nele, frases eu construí com o auxílio do Curso de Linguística Geral para desfazer a comunicação com as cadeiras de balanço adormecida na porta de casa, veículos eu também comprei para serem mortos por falta de gasolina no meio do caminho num encontro marcado com as girafas. Surpreendi-me em não precisar de dizer para eles (homens da minha vizinhança) que tudo estava bem, e tão correto, a vida é essa mesmo, aquela que a gente vai levando. No futuro do ontem, todos já corriam e viviam de insatisfações, de manifestos, e dos mesmos. Eu lancei alguns que aqui penetraram e saíram, mas se eu sair daqui ... eu morro. Se eu revelar o segredo... a poesia jamais me perdoará! As inconstâncias deste mar são inquietudes paralelas da nossa produção de percepção frágil, e de todo um modo... duvidosa.
Alguns telefonistas não sobreviveram após a queda do céu, perderam seu tempo cortando linhas. E mesmo com a morte, com o toque e tudo... não aprenderam a lição inter estrelar da ficção do escrivão de não pseudos. Aprenderam apreender o que lhe prendem, mas dia se via em dia após o dado dia nos nossos valores.
Até ontem !




Matheus Carmo

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