domingo, 16 de outubro de 2011

PAZ, AMOR, UNIÃO (Esteriótipos, e seus defeitos humanos)

Realmente há pessoas que vivem de aparência, realmente há pessoas que são o que são, realmente há pessoas que eram alguma coisa na vida, que seguiam alguma coisa na vida, e que agora já não é mais, agora elas se encontram no "Sou o que sou, e do que eu era... Não quero mais conta". Sabe, essa frase, apesar de ter sido eu o criador, acho bastante bonita, não me refiro as palavras e a sonoridade, e a beleza dela, mas sim a intenção de sinceridade que ela tem. Essa frase é carregada de sinceridade (ás vezes não), enfim.
Passei por uma experiência hoje, que por sinal foi constrangedora,chata, e bem relevante. Já fui muito julgado na vida, hoje sou também (mas quem não é ?), não esperem que as pessoas só falem bem de você, elas costumam falar muito mal também, e pior ainda, elas lhe ferem por trás, chega a orelha arder um tantinho (riso). Aqui nesse texto, eu preciso admitir algo que vocês já sabem, sou besta, e adoro fazer trocadilhos retardados com as palavras. E no meio em que estudo, vejo gente de todo tipo, muitas pessoas se passam, e mais uma vez... aquele ar de ser o que não é. Cultos, tirados a culto, Hippies, tirados a Hippie, Psyco (Sonic Youth, Pixies, Ah, Oh, Yeah Baby, Cigarro, All Star, e Fuck You), virgens, tiradas a virgens, putas, tiradas a putas, ricas, tiradas a ricas, bonitas, tiradas a bonitas, machões, tirados a machões, poetas, tirados a poetas, "viajadões", tirados a "viajadões" etc. Muita gente mesmo, dos que são, e dos que tiram onda que são, e muita gente que ainda não saiu de dentro de si. Gente essa que eu já estou acostumado a ver, assim como também há seres verdadeiros que eu logicamente estou costumado a ver. E nesses costumes de ver gente de todo tipo, encontrei uma pessoa que divide a literatura, o latim, e o riso comigo. Sabe aquele visual adotado por artesões, artistas plásticos, fundido ao pigmento de terra, colorido, e água dos Hippies ? Sandalinha de couro ou havaianas, saias meio cigana, brincos com aquele "ar" de que parece ser feito de madeira, ou com aquela linda pena bem na ponta, enfim... acho que vocês já conseguiram visualizar mentalmente o que estilo que quis dizer. Pois bem, esta pessoa se veste em maior parte das vezes assim.
- Matheus, cadê o esteriótipo ? (Ar individual carregado de si)
- Babaquice de esteriótipo, minha gente ! (eu)
- Você não vai julgar, não ? (insiste perguntando)
- Rapaz, julgar de quê ? Diga logo o que você quer dizer !
- Uma pessoa que adota este tipo de estilo, deve ser no mínimo, uma maconheira da vida, ué !

Bom, esta concepção do "Ar individual carregada de si" é extremamente real. Tanto para os moralistas, quanto para os que se dizem "não preconceituosos", quanto para qualquer pessoa. Nós fomos induzidos a julgar, a falhar, e principalmente a desconfiar. E sim, claro, a única virtude , a única, a única que tomou-me pensamento, foi justamente a da desconfiança, pois quanto as outras duas virtudes julgar e falhar (falhar no sentido de esteriótipos) já abandonei-as, me pegam hoje em dia só de surpresa e raramente. Então, eu desconfiei (Natural, não ?! Alô, estamos no Brasil, ou "pior", em Salvador).
Nunca tinha comentado nada com ela sobre isso, pois pra mim, pouco importava, não tenho nada contra a maconha em si (nela própria), e em uma certa tarde, em uma conversa de mesa, uma alegria invadiu-me a alma. Esta pessoa me disse que era evangélica, (religião que tem seus podres como qualquer outra coisa feita pelo ser humano, mas é a que mais me identifico). Continuamos a conversa em torno deste assunto, e ela me admitiu que já "foi do mundo" e que hoje centra a sua vida na filosofia da Bíblia Sagrada, seguindo Jesus Cristo, logo, buscando Deus. Os dias se passaram, se passaram, e ontem me inclinei até ela por intermédio do facebook e pedi uma orientação sobre um trabalho que deveria ser entregue hoje (Terça-Feira), como eu já estava em sua página do face, aproveitei para relaxar meu tempo visualizando as fotos dela, e passando de foto em foto, encontrei uma, que me chamou atenção, era uma imagem da Aldeia Hippie, localizada em Arembepe/BA.
Eu adorei aquele lugar, logo de primeira quando fui lá. A Aldeia é um lugar limpo, tranquilo, com um litoral deslumbrante, e por isso resolvi comentar em sua foto, bem assim: "Arembeck hehe" . Logo ela sentiu um tom de ironia, que eu jamais quis provocar. Hoje pela manhã conversamos sobre isso, talvez ela pouco tenha me ouvido, mas agora sim, irei partir para o foco da questão...
Em meu ponto de vista, quando saímos de uma doutrina , seja ela qual for, porque a mesma não desperta mais perspectivas futuras de vida, e notamos que ela não nos levará a lugar algum, e vamos para uma outra doutrina, levando um outro estilo de vida, a atitude mais natural que as pessoas tendem a fazer é, simplesmente abandonar aquilo que não lhe pertence mais. O preconceito das pessoas, infelizmente, nunca deixará de existir, nunca. Vai marcar nossas vidas. Somos o que somos, e o que mais temos que procurar são pessoas para transmitir o amor, o carinho, o conhecimento, o abraço, o conselho, o martelo no prego, entre outras virtudes que realmente precisem ser compartilhadas.
Os "roqueiros", uns julgam os outros, os evangélicos também julgam seus próprios irmãos, uma família também julga os seus próprios membros.
Agora assim, desejo a qualquer um que esteja passando por esta fase , força! Força pra não se importar com qualquer um aí que esteja lhe julgando. Desejo consideração, paz, e mais amor, pra não sair cortando a amizade, os laços com alguém no qual se desentendeu em algum momento, e felicidade! Pois felicidade não se procura, não se corre atrás, ela já está em nós, e somos nós mesmo que devemos nos tocar, descobrir, e saber utilizar dela.
Estou aliviado, por ter passado uma mensagem de união, de paz, e me importo com aqueles que leram este texto e disseram "Nossa, coisas bobas, imaturas, esteriótipo, falando de Jesus, de maconha, de igreja, de pastor..." Me importo porque, infelizmente também não tiveram uma percepção adequada diante deste texto.
Paz, Amor, União !
Saravá !


Dedicado a uma colega...


Matheus Carmo


3 comentários:

  1. Viajei... pra variar...

    Velho, o preconceito já tornou-se natural digamos, e fazemos isso diariamente, sempre, sempre, sempre, cara! Assumindo ou não.
    rs..

    Bandido tem cara e cor, evangélico tem "roupa de crente", e lá vai...

    Complikdo é quando emergem as guerrinhas ideologicas provenientes da discriminação e são disseminadas metafisicamente.

    Prefiro ficar com Mato Seco: "Nossas vidas são traçadas pelas mesmas linhas que agrupam todas as linhas formando um só elo".

    Imagino vc viajando nesses pensamentos todos, na menina, nas coincidencias... rs! Massa!

    Amei!

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  2. Curti muito, man, vivo me perguntando o pq de tudo ser tão "tachado", digo, pq que as pessoas ao invés de cuidarem das suas próprias vidas e olharem pra si mesmas insistem em tomar conta do que não lhes pertence? Isso se não for, é quase CULTURAL, horríveis essas atitudes...

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  3. Obrigado gente !!!! Os comentários de vocês só fazem complementar as ideias do texto. Ah, Manga é manga, só ta preta quando ta podre, o importante é ser o que é sendo feliz !

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