sábado, 28 de dezembro de 2013

Bandido

E eu vou escrevendo vários versos,

em violações governamentais

são puros 15 quilos de gorduras verbais,

a agência nacional de saúde literária me agradece

e o melhor blogspot,

é a minha timeline.


Matheus Carmo

domingo, 22 de dezembro de 2013

O sereno é só um aborto.

Se acha que nada sozinho consigo fazer,
Está enganada.
Não me chame, Serena,
porque não me chore,
eu sem você,  Serena
jamais suportaria a dor de uma separação,
eu bem te conheço,
não fale comigo,
jamais.

Enquanto que os panos do banheiro continuarem molhados,
me esqueça.
Enquanto que a sua tirania for maior do que o nosso bem estar,
Estarei sempre a te ignorar, ao jeito que tu me ignoras.
Enquanto que você for fé,
Eu sempre serei montanhas.

Ai Serena,  se tu só noite fosses,
quanto terias me resfriado...
Se doces fosses,
quanto terias me endiabetado,
mas o Gim é um veneno,
e tu és mulher.

Ao modo que me tens,
eu sou menos.
Ao modo que te tenho,
tu que me quer.


Matheus Carmo

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Ensaio sobre o descuidado.

Você não me pergunta nada, não sabe de nada, e vem "Oi", e recebe um "Foda-se", e vai chorar, e não sabe porque.

Matheus Carmo

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Amor concebido de amor


Você pode ser pisoteado,
ter lhe arrancado os pulsos,
estar se sentindo jogado,
e estar latindo feito cachorro,
mas se sentir cachorro é,
se sentir apaixonado ao grau máximo,
Pela mulher que você ama.

Não tem por onde,
não há porque,
O que lhe prende,
esmaga,
o que lhe afaga,
espreme,

tudo o que você não queria,
mas o lado bom de ser.
Dizer " te amo", com toda força,
com todo ímpeto,
e cheio de vontade,
o que nos queima,
arde,
e nossa idade,
nos permite querer,
passar ao longo das estrelas,
e te ter.

Matheus Carmo

Reflexões gerativas.

Não adianta se preocupar com muita coisa,
tem que pegar leve,
tem que confiar mais,
procurar disciplina,
sabedoria,
sentir o ar, límpido ou poluído, adentrar-se nas narinas,
e se repor,
se recompor,
se melhorar.

Matheus Carmo

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Um click pro modernismo.

Aquela foto forjada,
moça forjada,
aquela promessa de depois te ligo, de vamos marcar,
e nunca retornar,
pessoas mal educadas,
de monte,
uma ponte à se jogar,
vai e morre,
esquece, porque eu já esqueci muito mesmo antes de tentar acreditar,
no mais,

a desquestão

dos que ficam a conspirar,

poesia é mandar tomar no rabo das ventas
os ventos que não nos sustentam.


Matheus Carmo

terça-feira, 12 de novembro de 2013

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Thomas, Macêdo e outros verbos.

Às vezes eu tenho que olhar aquelas roupas que estão secando no varal
às vezes eu tenho que me levantar e olhar ele,
vê se ele realmente existe,
vê se é ele que chora mesmo,
se naquele dia eu não tivesse melado a minha mão de argila,
se não tivesse energia naquele apartamento,
ou se tivesse faltado energia no mundo todo,
e se eu não tivesse entrado no facebook,
ele não existiria,
eu não teria existido,
eu não teria me completado tanto quanto me completei,
é muita onda,
a cabeça chega pesar imensamente,
e diversas lágrimas caem dos meus olhos,
é foda,
o amor é barril demais,
vem com tudo, contudo,
dilacerando meu coração,
na mesma intensidade,
igual a tristeza de se entortar,
de quando descobri como é descobrir acertar.
Vai velho,
e desce de vez,
é isso,
e faz,
o AS,
que nenhuma carta tem,
porque o que elas tem
é o mesmo que nós temos,
um pouco de negro, vermelho, e branco,
um pouco de paz,
de novo,
à quem,
este AS,
de Às vezes,
como comecei este poema.


Matheus Carmo

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Na pele e na vida.




Ela grafou a existência de ser coisa na pele,
a pele regrafou-a.
Tatuagens são registros de eternite, de eterno, de eternizamento.
Ela foi eternizada pelo universo.
O universo nos pôs palavras, momentos, e coisa que não se servem,
mas que si e se joga no braço,
no corpo,
nos encorpora,
nos torna bocó,
objeto de lata,
elemento de poesia,
e viramos reticência,
procuramos a maneira inata,
vasculhamos o que há por dentro do puro
e tentamos ser,
esfolando o verso no cascunho que nos engrongonha,


Beni le fruit de mes entrailles
                  M

por 777 H.E.

Matheus Carmo.
 

3 Homens e 3 Respostas.

- E ai, comeu, man?
- Comi! Você também comeu ela, vei?
- Sim, em alta, tava quente e gostosa.
- E você, comeu?
- Acordei com dor de estômago.



Em dias de dores estomacais,
Matheus Carmo.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Tempos

Ah, os tempos mudaram,
os tempos são outros,
outros são outros tempos!


Matheus Carmo

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Verso em voz baixa.

VONTADE DE ME ATRASAR, DE LARGAR,  DE AR.


Matheus Carmo 

Prefixais.

Ela sentou a bunda na tarde de Sexta-Feira
e ficou ralando ralando até criar assaduras...
o exagero não foi fundamental,
às vezes,
em noites solitárias
para tirar o cansaço do corpo,
um litrinho me basta,
já um litrão,
me deixa pra lá de marraquete,
ai me dá vontade de estar com alguns bons amigos,
pra ficarmos pra lá de marraquete juntos,

martírio,
 por nem sempre estar me sendo,

fundo,

que nos fragmenta em mundo,

tempo,

em que tento me conjugar,

suntuoso sento,

pra reassentar meu tempo,

que estás,

em tempo:

entre linhas tênues pra lá de Bagdá.


Matheus Carmo

Poentes faps faps.

Saudades,
aquele quarto quente pelando,
com um forte cheiro pregnante de xoxota nos lençóis,
de sexo nas paredes,
de líquidos vaginais em minha barba,
de meter em você toda menstruada,
de melar meu churros de estrume,
de emagrecer em cada rodada,
perder calorias,
ir tentar dormir com as pernas tremendo,
e o co
                      ra          
                                           ção

bam-be-an-do.


Matheus Carmo


terça-feira, 29 de outubro de 2013

Ista.


Quero ficar cheio de preconceitos,
só pra ter a liberdade de dizer que detesto grande parte dos(as) istas dessa vida
e qualquer um tem o direito de me detestar.

P.S. Não comente em minha vida e nem em meu facebook, seu ista

Matheus Carmo.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Em Madereira Brotas.

Nunca vi tanta gente em minha vida olhando para um lado só,

não era um t
                    r
                      i
                        o     létrico
                           e
todos estavam esperando o M.Periperi via BR 324.


Matheus Carmo

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Barbalho/Faz.Garcia

No ônibus:

Aquele "Bom Dia" seguido de "Posso segurar?",
ela segura a minha mochila,
papo vem:
Faculdade, curso, semestre,o que é chato e o que não é, trajetos rodoviários, aquelas frases "É mesmo", "Nossa, também acho", "Anhan...pode crer"

[PARADA SOLICITADA]

- Vou soltar aqui! (Eu disse)

Pontos de ônibus são mais importantes do que qualquer papo quando se tem maior interesse lá fora

- Foi um prazer, até mais!

Eu sei  que a vida é arte do encontro mesmo...

Matheus Carmo

Colé.

- Colé!
- Colé, viado!
- Colegiado!

Matheus Carmo

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A chegada.

Texto de ímpeto.

Não vou conseguir dormir por hoje,
por uma semana,
por dias,
porque,
ontem, às quase 20 horas, dia 07 de Outubro de 2013,
tive a maior emoção da minha vida,
sem dúvidas,
mais do que um show no Woodstock,
mais do que o show de Toquinho e Tom Zé aos quais já assisti,
eu assisti um parto completo,
eu assisti o parto do meu filho,
que veio do ventre abençoado de minha Dulcineia,
eu vi o Little Cabra da Peste,
eu vi Thomas Rosa Macedo do Carmo
colocar sua cabeça ao universo,
dar a primeira respirada e sentir os pulmões arderem
como uma das dores mais forte, carnalmente, que o bebê,
em processo natural,
pode sentir,
e isso tudo,
e tudo isso,
me valeu a pena,
está me valendo a pena,
me valerá a pena,
e pra toda Família Carmo.

Att,
Matheus Carmo
Pai de primeira viagem.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Vida fácil.

No banheiro,
os pés fazem percussão com o chão,
muito imperativo,
são 22:44

Segunda-Feira, 30/09/2013

Sol pesado,
uma rodada de Stella Artois, por favor,
pra começar,
pra sentir a conjugação verbal,
poemas,
recitações,
problemas,
free style,
discussões adjetivais  sobre "bonito", "lindo", e "maravilhoso",

- mais cinco rodada de latões!

Muitos líquidos,
uma vida líquida,
Montilla,
-Venha, aceitamos.

Semi-Flesh

Sanduíche Hall,
Ondina,
Por do Sol,
gente e mulheres passando
- Uma torre de chopp!
- Mais uma torre de chopp!
O sol já morreu.
- Mais uma torre de chopp!
- Uma porção de calabresa seguida de farofa!

Ostentação

Uma, duas, três, carteiras, Carlton, Hollywood, Bressan
- Escolha!

"Hoje é Segunda-Feira e decretamos feriado..."

Nossa vida é quase sobre suicídio,
- Mais uma cerveja por favor, a saidera!
Suicídio é um verbo,
e nós gostamos de conjugar.

Matheus Carmo

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Aviso de geladeira pra Poetas e Bocós que tem geladeira.

Eu queria ter caminhado em Frienze ao lado de Toquinho e Vinicius de Moraes no ano de 1974, ter bebido aquele copo de Whisky, ter sido um amigo, parceiro compositor, ter me casado algumas vezes... eu queria ter ido ao Woodstock em 1969, ter visto a Janis Joplin, Canned Heat, Jaferson Airplane, Santana e Jimi Hendrix, eu queria ter vivido em Seatle e em Brooklyn nos anos 80, ter ajudado Kurt Cobain nas gravações, na regulagem de som, ter ido a um show do Nirvana no auge da década de 90, eu queria ter sido isso e muito mais, ter dormido naquele apartamento de onde viviam os Novos Baianos, fumado muita maconha, e tudo mais, mas, os tempos são outros, os tempos são d'outro, eu quero ser sido,
eu quero sido for,
quero ser sido o que sou,
muito mais,
compositor,
ter uma banda de Samba,
e uma de Blues,
escrever várias teses e ensaios literários,
e fazer o que estou fazendo e fazerei,
meu sonho é enfiar um soneto inteiro no cu da Academia de Letras,
meu sonho é esparramar um cachorro engarrafado no Campo Harmônico,
que bate em Ares, que toca em Leão, e goza em Virgens.
meu sonho é sonhar o que sonho todos os dias,
enquanto houver poesia,
pra ir além da ética,
da métrica,
da rima mal polida,
de ida,
e contrapartida.

Com ensejo,

Matheus Carmo.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Gangue do Q'suqui.

Quanto pombo sujo ela conhece,
eu andava com eles em 2008,
ninguém bota mais fé nela,
ta fodida.

Matheus Carmo

domingo, 15 de setembro de 2013

Um palavrão do tamanho do Foda-se.



Não, ela não tem a mesma cabeça que você,
sim, você se acha mais maduro,
eu sei, você queria ser o dono da verdade,
que já aprendeu muito,
e que isto é o suficiente
pra não mais aturar
argumento de ninguém,
porque, sim, você é, o argumentador,
de cansaço,
de aço,
laço,
e embaraço,
mas não está bêbado o suficiente,
e argumenta com ironia,
sobre a alegria,
e todo seu pesar.

Mas você bem que podia ser,
o meu tom menor,
e que tudo fosse,
conforme minha cabeça ordena,
comanda, manda, e anda,
da maneira mais doce,
aquilo que sei de melhor,
que é seguir e fazer,
conforme o meu tempo,
que também é quando.

Conforme a procrastinação,
pra tudo quanto explico em baboseira,
pra tudo quando excito é poeira,
que devemos logo alcançar,
mais ágil pra conquista de um Uísque,
do que de uma ligação forçada.
Só tendo paciência.
Ou só  sonolência por nos aturar

E tens dito, que bem se acha,
e encaixa,
com todo esse poderio,
de sempre se achar correto,
por ter nascido de cu pra cima,
e não aceitar ponto de vista nu de ninguém,
nem mesmo,
de si mesmo,
esmo,
festejo,
pra fugir das intrigas,
já que muito lhe incomoda,
até a barba,
que já farpa,
e é palavra navalha,
que nos valha,
o universo,
se respirar,
um pouco mais,
e parar,
sentir entre os dentes,
o tempero da carne assada,
esmagada,
sob o paladar,
do apreciar,
do narcisismo,
que está no olhar,
de cada esquina,
pois que tudo observa,
e não deixa nada pra lá,
mas és tachado,
como cego,
temporário,
por vezes,
admitir,
é fracasso,
ou coisa séria,
que nicuri é o diabo,
por dentre todos,
entendes por um todo,
o quase sempre de repente de nós mesmos,
por tudo igual,
irracional,
quando não,
é nadar,
acima,
abaixo,
mais rápido,
encontro lento,
percepção e prosperidade,
a nós,
desatadora de nós,
dos nossos bocós,
quando enfim,
sentimos-nus à sós.

Matheus Carmo


O lance é o lance.

Chega de versos longos,
chega de tanto soneto,
de tanta explicação,
de monólogos e  dilemas,
pra tanta sinceridade,
se toda sinceridade está para além do poema.



quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Habemus latas, cachorros, amores, e cinzeiros.

Gravadores e apartamentos,
gente faz arte às versas os versos aversos
Uma faca pra cada queijo,
Brie e Copa fritos na manteiga: vida
com cerveja: double vida
gelada: caralho!
- Uma pizza por favor!
Estamos conjugando os verbos,
a vida é sobre isso,
se você não se conjuga,
se desconjuga,
se ogunja,
se unja
- Cumpadi! Presta atenção, que turminha da pesada, ta tudo de cabeça pra baixo!
Acontece, sempre, ta doce aqui,
venha,
se aprochegue,
chegue,
chega,
mais um gole,
esse verso ta quase um pagode,
imperativo que se exploda,
habemus amor!
É sobre amor que estou falando,
é sobre o jeito europeu de se viver em Salvador,
sobre patrocinar a barriga,
é sobre roncar, arrotar, e engordar,
é sobre a Europa,
é sobre cafés matinais à risos
enquanto o sol ilumina as nossas caras
depois de uma noite chuvosa sem camisa na varanda,
ou
mais.

Matheus Carmo
 

domingo, 8 de setembro de 2013

A labuta é uma sacanagem pesada.

Dias pesados, correndo pra tentar deixar tudo em êxito,
dos dias em que você se senta em frente ao computador, redige um trabalho, faz diversas postagens no Facebook, sobre cook,  took, e look, e  tudo que está lendo, ouvindo, pesquisando, pensando, e bebendo,
são cinco ou seis horas e várias câimbras,
nada pior,
como as tarefas nos aproxima do cansaço da saudade pesada,
que por ti bate,
meu amor.

A sua compreensão,
Matheus Carmo

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Coleção-Feira

Hoje colecionei 7 ônibus, 2 engarrafamentos, 1 piriguete, 4 tangerinas, uns 2 problemas, 5 paixões perdidas, e uns 5 ou 6 versos que surgiram em minha mente em cada lugar que eu passava.

Matheus Carmo

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Umas 10 abas abertas

Poemas curtos,
são os mais intensos,
os mais turvos,
de autores menos denso.

Gostaria de escrever aqui um livro,
embora não haja tempo,
- Os chocolates estão na geladeira
- Obrigado.


Matheus Carmo

Referência

"Que poema lindo"

Via: dagem

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Like

and joy,
enjoy.


Matheus Carmo

Verse about weird

Sometimes in english,
sometimes in bird's language
tense or strange
reaching my sense
or looking for a challenge
I flew so different
cuz was so difficult
to find the end


Matheus Carmo

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

0,25 Centavos.

Chamada telefônica às 11 da manhã, quando se espera em pré-almoço:

Tuum...tuum...tuum...[...] Fala, cabra da peste!

Telefonemas como esses fazem o dia.


Dedicado para Reden, outros chamam de Bruno.


Matheus Carmo


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Cuidado: Piso Molhado!

Como vai você, cabra?
Matando as horas direitinho como papai Bukowski lhe ensinou?
Tendo cuidado para não matar todas?

Vá nessa,
se encha de problemas e esqueça de tomar a sua cerveja,
esqueça de contar os problemas,
esqueça de correr atrás,
esqueça de lembrar,
faz bem.

Sabedoria, ein?

Persuasão.

Em tempo, não se faz mais problemas como os de antigamente.

Mateus Carmo

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Vai um Alecrim?

Descubro que não tenho compromissos matutinos amanhã,
é hora de encher a cara com Chá de Alecrim e uma boa sessão completa de melhor qualidade de
Two and a Half Men.
É quase um status de Facebook,
só que não, tô sob o efeito do Alecrim,
um sono lerdo,
esforço grandioso para resistir até o 3º capítulo,
e tudo soa meio em tom alcoólico,
mesmo sem ter ingerido nada,
pensando bem,
cairia muito bem uma long neck geladinha,
mesmo meio a tosse e rouquidão.

Não sei o que acontece,
mas queria falar tanto que arranquei do meu pulso
aquela pulseirinha do reggae,
que me acompanhava,
por mais de 3 anos,
por quantos anus ao logo desses anos ela já se melou?!

Como tudo na vida, é necessário de histórias...

ZZZZZZZZZZZZZZzzzzzzzzzz

Matheus Carmo

domingo, 18 de agosto de 2013

Malu somente.

De primeira viagem,
de primeira idade,
curtindo a infância pela primeira vez.

Ela acorda de 'marugada',
não nos deixa dormir,
cedo,
vai a praia,
empina ondas com o vento do mar,
discute sobre rir ou não rir.

- Aaa Bêêê C! A. b.c... "Cilêma"
- Cinema, não?
Ela diz cilêma e acabou.

Come come, come, bebe,
é vem o picolé,
o sorvete, o violão,
uma canção improvisada ela quer.

A noite, o cansaço,
o café, uma delícia,
é Domingo,
vamos na Igreja,
vê o Coral, povo de Deus.

"Vim de a mim as criancinhas, porque delas é o reino dos céus"

Ela imita, faz mímeses e simulacro,
dança junto,
acompanhou até onde podia,
aquele coral.

Neologismos, percepção de coisa,
efeito dos 5,
ganhou moral.

Quando vacila,
mãe castiga,
o bico embirra,
mas nada implica,
é só denguinho,
é só folia,
se pudesse,
seria todo dia,
a noite fria,
sobre os cobertores nas pernas magras,
e o carnaval,
que nunca falha.


Matheus Carmo


sábado, 17 de agosto de 2013

Poema Tortinho.

Eu preciso de passar umas 100 horas escrevendo,
no mínimo.
Desenvolver uns 3 ensaios, na meta.
Retratar a vida em uma linha só,
e só.

Ser retratista do momento de encanto,
Encantista do choro e de pranto,
Sustentabilizador dos News Carmos entanto,
Tanto fluxo que corre e eu sambo.

Eu fumo é 800g de tabaco por mês,
e por vez meus poemas desabam de vez,
eu sei,
que é tão duro quanto darei,
durou endurecido e safei,
são mais de 800g meu cumpade,
mais de oitocentas,
se tu soubesses o quanto se faz o estrago,
aguentasse e não fizesse bagaço,
a cada laço fosse embaraço,
embaraçado por dentro dos teus braços,
eu seria vida ou seria Março,
Saudade fria ou poema de palhaço.


Matheus Carmo

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Seguir/Deseguir.

Muita poesia estraga demais,
é bom despoemizar.

Enquanto tu dormes,
meu único tempo sólido,
derreto em mim mesmo,
ao alcance de tantos,
que estarão pro Ad eternum,
pro Ad infinitum,
e não mais parar,
e nada irá parar,
e nem irá pra lá,
e nem faltará ar,
esse é o universo,
em que nada para,
a qual me refiro,
e nada para,
para ela ,
para mim,
para terra.

E esse sou eu,
aqui inserido,
no fim do verso,
no início do trilho.

Sobre ser,
sobre voar:
Estou.

Poema bate em verso.




Matheus Carmo


Tempos de Versos.

Peso,
Pesando,
Pesado, 
Precisando renovar, 
em alguma hora,
quando tiver tempo.

Matheus Carmo

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Poema Terminal

Venha,
eu irei lhe ensinar como se conjuga um verbo a noite em dias comuns,
primeiramente, aqueça as torradeiras,
enquanto isso, recheie os pães, pra bons resultados, dois, com plena manteiga,
abaixe o fogo da torradeira e coloque-os para serem torrados,
quando tiver no ponto, retire os pães e coloque-os no prato,
os deixem esfriar meramente e então, vá preparando o seu café com leite,
que seja um café feito da hora, jamais tome café requentado, pouca açúcar,
bastante leite, que cheire bem.
Tenha de ante mão, bananas cozida, daquelas douradas,
machuque-as no miolo do pão, abra um pote de requeijão cremoso, e entupa o pão dele,
molhe-o no café e mastigue suavemente,
sinta a 'crocância' que há neles, e tome um gole do café,
vá fundo,
se empanzine,
não vai faltar café,
abra aquele pote em que guarda as bolachas de Cream Cracker,
mastigue-a e dê uma golada,
retire mais outra,
mastigue-a e dê uma golada,
os pães já terminaram,
então continue comendo as bolachas,
até que o café se acabe,
se entupa de verdade,
até o fim,
seus pulmões agora pedem tabaco, do bom,
apressadamente, largue a bagunça onde a deixou,
vá pegar seu tabaco, se possível, recomenda-se o Bressan Bright Blend - Fine Tobacco
e uma seda OCB, ou então uma da mesma marca do tabaco,
prepare-o, enrole-o, aperte-o, e ascenda,
e agora fume, desgraçado,
fume tudo, até seus pulmões ficarem relaxados, e aquela vontade de estar sentado ou deitado se aproxime,
por fim:


goze.

Nada como conjugar o verbo comer, fumar, e deitar.

Matheus Carmo



Momentos Tree

Até quando você terá verdades pra me contar?
Até quando eu estarei errado pra vocês?
Eu já quebrei a cara, mas o jeito sempre foi esse:
Resistência e Rock and Roll, (R.R.R.).

Aprendi tudo sozinho,
até mesmo a desaprender,
ainda há muito,
eu sei,
mas o jeito sempre foi esse:
R.R.R.

São  muitas vozes pra poucos ouvidos,
é muita falha metodológica,
ainda assim, existe amor e orgulho,
ainda assim, existe embrulho.
mas o jeito sempre foi esse:
R.R.R.

Re - e - e - e - e - e - e - e - sis - tência


                           &

               R.o.c.k. n.'. R.o.l.l.


Matheus Carmo



sábado, 10 de agosto de 2013

Ensejo das Avenidas.

Hoje é Sábado,
o dia pediu amor e manjericão
nada de cerveja
só tabaco importado
uns tiros, umas misericórdias
uns pães de mina.
As melhores mãos fazem minhas refeições,
os melhores olhares, menos comuns, me animam
com pouco se fez muito,
é assim que eu gosto.
Ei de carpem diar este momento
porque nas próximas 24 horas, matarei 2, como Bukowisky
e logo passará o Domingo,
e será suor,
e no entanto, preciso de mais,
de mais um pouco,
de mais um filme,
de mais um pão de queijo
de mais um pouco da melhor companhia
e nada de cerveja,



- Aceito um café com Whisky se rolar.


Matheus Carmo

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Lista dos 12 blogs que podem lhe dar algum orgasmo ou constrangimento

O mundo precisa ser lido, sem dúvidas, sem mais, e tudo isso soma-se a nossa mãe Literatura!
Confira agora os 12 blogs soteropolitanos em que podem lhe dar algum orgasmo ou constrangimento, não necessariamente nessa ordem:












- Thoughts of a Bird


Link: http://maisumaentremilhares.blogspot.com.br/



- Éléphant 






Link: http://beemacedo.blogspot.com.br/





- Escrever, fazer pensar, fazer sonhar!  

http://www.alissonbonsuet.blogspot.com.br/





- Marecia City 


Link: http://maresiacity.blogspot.com.br/







- Ladrilho Dissoluto 

                                          "A vida é um reflexo inesperado em água turva"

Link: http://ladrilhodissoluto.wordpress.com/







- Mais um, mais uns. 

Link: http://www.alexpitta.com.br/






- Beba Cicuta 

Link: http://bebacicuta.blogspot.com.br/



- Ensaios Caóticos 

Link: http://ensaioscaoticos.blogspot.com.br/





- Coliformes Mentais 

Link: http://coliformes-mentais.blogspot.com.br/






- A Solidão e a Cidade 





  "Bruno Carvalho é o caminho, a verdade, e a vida"

Link: http://asolidaoeacidade.blogspot.com.br/





- Ociosidade Moderna 


Link: http://www.ociosidademoderna.blogspot.com.br/





- Chega de cultivar as ideias, façamo-nas funcionar!



Link: http://benhurmateus.blogspot.com.br/



Se tem algo que nos resta fazer, é nos ler, nos partilhar, nos roubartilhar, nus recriar!





Matheus Carmo







sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Aula: Modo Imperativo

Fique achando que você é o dono do mundo, vá achando que o céu ta perto, você quer escolher? você não tem que mandar nos outros, não! Não vou ser empregada de ninguém! Você devia ter pensado antes! Pensasse em tudo antes, aguente as consequências!

Matheus Carmo

Recortes definitivos.

 - Aquela vida que a gente levava tinha gosto de coisa parecida...
tipo Tcheuris.

Matheus Carmo

terça-feira, 30 de julho de 2013

Registros verbais em Malu.





 Em uma bela tarde, n'um campo gramado com o violão no colo:

- Matheuis, quando eu cantá você não toca, e quando eu não cantá você toca!

- Como é, Malu?

- Quanto eu cantá você não cantoca e quando eu não tocantá você cantoca.


Matheus Carmo

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Saudades 13 anos atrás, ou mais!




Quão grande são os processos sistemáticos diante deste mundo...
Hoje, enquanto estava na 1º parte do  meu trabalho, - agora já estou indo para a 2º - fiquei a pensar nos 13 anos que já se passaram, como era tão bom e elegante, pelo menos para as crianças e os homens de boteco, o velho Vale Transporte.
Quantos pasteis eu comia na antiga barraca de seu Zé?
Sempre na hora da novela das nove, eu sacudia meu avô apressadamente, logo no horário que ele tinha pra tapear os pés de vó, pra comprar um pastel na barraca de seu Zé. Isso era aos meus  9 anos, e eu chegava  a comer em torno de uns 300 pasteis por ano, tirando alguns Fim de Semana, onde eu não comia pastel, e outros dias, a qual estava com dor de barriga por causa dos pasteis, e todos eles eram comprados por intermédio do Vale Transporte.
Os vales também eram válidos para comprar figurinhas nas banquinhas de revista, doces, e o velho Jornal A Tarde, geralmente nos dias de Domingo.
Aonde chegávamos, simplesmente perguntávamos ao vendedor:
- Aceita vale?
Pois bem,
quem dera hoje eu poder chegar n'um boteco e perguntar:
- Aceita Salvador Card?

Saudades Vale Transporte.

Matheus Carmo

terça-feira, 16 de julho de 2013

Dias de cu pra cima.

Hoje eu resolvi tomar cerveja na praia: o coração estava partido
Vi um amigo, uma ex-colega de trabalho, e ela é de plástico.
Hoje eu resolvi tocar guitarra na sala: a televisão estava muito alta
Eu acabei escrevendo porque assim nada incomoda.


Matheus Carmo

domingo, 14 de julho de 2013

Versos de rotina dominicais.

Cruzando a cidade,
de cabo a ramo,
com o sêmen maroto no meio,
fazemos de tudo,
por um pedaço de pizza.

Matheus Carmo

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Tempo de Misericórdia.

Fico aqui, ao faquir da dúvida, querendo saber,
se aos 40 anos, se chegarmos, seremos todos assim,
refiro-me mais, em parte, aos estudantes da UFBA,
refiro-me mais, em parte, aos aleatórios.

Se as histórias ainda serão sobre vegetais,
se as histórias ainda serão sob o uso de deveras expressões inglesas,
se as siglas políticas e acadêmicas ainda serão tão debatidas,
se a piada de todo tempo será repetida,
se USP será Bahia,
se Contato será tão juvenil,
se esses corpos de plásticos, em que exibem o cu artístico, terás efeitos mil,
se eu ainda ficarei na puta, que vos pariu,
se ainda substituirei os nomes verdadeiros, por imaginários,
se meus amigos, ainda tirarão retratos,
se meio porcento dos posts, serão hilários,
se haverá paciência, para os lunáticos,
se os barbudos, continuarão barbados,
se todo o mundo, será barrado,

da poesia fresca,
que segue meu caldo.

Matheus Carmo



sexta-feira, 5 de julho de 2013

Desses dias.

É tanto peso nessa vida, logo a Sexta noturna, ai aquele bar ralezão, que toca Nelson Gonsalves às 22 hrs, que entra e sai ladrão, malandro, gente boa, e dona mal encarada com falta de "fap fap": lá em adriano sai a cerveja mais gelada do mundo.

Matheus Carmo

quinta-feira, 4 de julho de 2013

F12

Salvei meu blog inteiro no Word, salvei a Literatura do esculacho.

Matheus Carmo

terça-feira, 2 de julho de 2013

Verso pra ler.

Escrever coisas desinteressantes pra poesia me comportam mais,
Sentir odores nos morfemas me enam,
tipo,
invisivelmente.
Eu penso na aula com os meus escritos,
teses,
chego a não expor,
mas creio que enriqueça a literatura,

o odor enriquece a literatura?


Quem a literatura enriquece fica de abrilhantado pra frente,
Bee faz zumzum que me deixa enzumzumzado,
Ô meu zumzum,
penso até em Chorarê.

Hoje teve cheiro de ontem,
igualzinho a hoje,
quase me enfanei.

Nada mais do que juventude e insanidade pra ser.

Matheus Carmo






sexta-feira, 28 de junho de 2013

Esferacutando

Voltarei escrever em versos longos
quando o verbo não for mais suficiente de novo,
É diferente,
uma coisa é usar o verbo,
a outra,
é descrever o verbo,
então descrevo que descobri a conjugação verbal da vida,
usei um pouco do sêmen de Dionísio, e nasceu.
Estou muito bem conjugado de uns verbos,
e um pouco mal bocado de outros,
mas tudo bem,
os verbos passam,
de pretérito à futuro,
de futuro à lá na frente,
e se ainda, tudo por quanto sentir ou falar, ainda for incômodo, ou insuficiente,
os verbos lhe surpreendem,
pois se transformam em outras classes gramaticais
e então você os descreve,
abusa do verbo amar, chorar, sentar, morrer, e entre outros, em sua poesia, e outros textos de outras natureza.

O que fiz foi uma descrição.

O que fiz foi uma explicação.

Este texto poderia ter terminado no segundo verso, sendo assim:

"Voltarei escrever em versos longos
quando o verbo não for mais suficiente de novo."

mas acabei sentindo insuficiência, e as palavras traziam-se incômodo.

Meus-verbos-já-são-derivação-deverbal-substantival.

Jamais desistirei do escarfúnio que há na poesia,
poesia sem escarfúnio não é poesia.

Ademais, morfema precisa de esperofônio.

Existe um objetivo em cada escrita, mas nem sempre o concluo, essa mesma, era ainda pra ter terminada no segundo verso...acabei nos versos das palavras, ao modo que elas me ensejam,
e agora as palavras acabarão nos meus versos,
ao modo que eu as recebam.


Matheus Carmo




28 de Junho de 2013

Hoje comemoro algumas coisas, aniversário meu e de minha mulher amada, de bons tempos, de longos tempos, o dia em que o mago Raul S. surge na face da terra, e só por ele existir, fiz boas amizades, dentre elas, uma bem especial, de um jovem rapaz boêmio, que aos seus 18 anos foi-lhe apresentado a MPB, mas sempre foi um fã tocado e retocado pelo Sinhô Raul Seixas, havia recebido de herança, em virtude da morte do seu pai, toda coleção em Vinil do Seixas, sabia tudo sobre ele, sentados em uma mesa de bar, junto a Jhonny Santana (a qual tive um sonho em particular hoje a noite), fizemos a canção Mesa de Bar (Ensaio da Banda), TODAVIA, a saudade rola a solta, só pelo simples fato dele não estar mais aqui na terra, entre nós, e são quase todos os dias, e ou, todos os dias, eu penso/ lembro dele, as traquinagens foram diversas, quando eu voltava pra casa pós-bebemoração, em algum lugar, trazia comigo sempre algum recado do tipo, "Ô Matheus, tire aquela outra do Raul ou Zé Ramalho pra gente tocar amanhã, aquelas meninas vão se amarrar!". Muita saudade, muita comemoração, que meu café transformasse-se em Vinho.

Matheus Carmo

sábado, 22 de junho de 2013

A Magia do Pó

Na lajinha não tem, mas eu encontro em você,
quero uma de 10 e depois uma de 20
pois meu negócio é fazer a carrerinha do amor,
dar-um-raio-em-teu-pescoço,
dar-um-raio-em-teu-sovaco
dar-um-raio-em-teu-corpo,

cheirar até pedir socorro!

Matheus Carmo

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Passe pasta, livre.

Queria estar com minha guitarra baiana,
cuspindo fogo em cima do trio,
jogando meu verbo dentro do estádio,
 fazendo poesia pra limpar o cu de Tatiana,
a qual nem sei quem é.

Matheus Carmo

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Pedra, Quebranto, Só, Detrás, Costa, e Arde.

Se toda maldade não existisse,
Se toda raiva fosse esquecida,
Se todo passado fosse apagado,
Se toda experiência fosse vista como coisa que se deixa pra lá,
Não existiria História,

Mas existiria nossa amizade.

Matheus Carmo

quinta-feira, 6 de junho de 2013

In the bathroom

Ao mijar
às vezes sinto a vontade de mijar as paredes,
os pisos,
no mictório,
dos shoppings,
piedade,
o amor.


Matheus Carmo

domingo, 19 de maio de 2013

Jards In Edit

Uma hora e meia no ponto de ônibus,
os pulmões confortáveis que já não cabia mais cigarro,
a paciência na casa da porra, e a raiva à mil.

- Ele ainda não chegou amor, tô com muita raiva. Pegue a sessão, pague a minha, dê um jeito,
nem que eu chegue na metade do filme, eu irei, eu vou assistir.

O buzu chega.
Eu chego.
Solto.

Chego lá, vejo ela, ela me vê, aquele beijo, só serenidade.

- Pergunta a moça se tem como a gente entrar ainda
Ai eu respondo dizendo:
- Ta bom.

-  Boa Noite minha querida, já se passou quanto tempo de filme?
- Já se passaram 40 minutos. (Ela me responde, na macia calma chuvosa da voz)
- Falta quanto tempo pro filme acabar? (Eu estava ansioso pela resposta, esperando algo como pelo menos, uma hora)
- Faltam 53 minutos pro filme acabar, senhor.
Ainda assim fiquei feliz da vida, pensando: ainda tem tempo pra caramba!
- Tem como entrar ainda?
Positivamente ela me diz que sim.
-Então, me vê dois ingressos que eu quero entrar! Exclamei.
Esperava só pelo ato dela de me entregar os ingressos, mas não, eu fui surpreendido:
- Olha, trabalho na produção, eu tenho dois convites e eu vou lhe dar pra você assistir.
- Nossa, sério? Perfeito! Muitíssimo obrigado!

Ela nos leva até a sala e eu entro, com a melhor companhia que poderia existir, meu filho e minha mulher.

Entrando na sala:

Lágrimas,
lágrimas
choro.

Saindo da sala:

"Imagens são palavras que nos faltaram"


Matheus Carmo

sábado, 18 de maio de 2013

Sabedoria Pós-Modernista



- Você precisa saber levar a vida, meu camarada (Sujeito 1)
- É mesmo? (Sujeito 2)
S1 - É sim, de verdade.
S1 - Há momento pra tudo.
S2 - É mesmo?
S1 - É sim, de verdade.
S2 - Então tá, é sim, de verdade.

Matheus Carmo.

Estas lá

Ações involuntárias
Desejos voluntários
Quem dera que desse
Quem dera que dela pudesse
Quem dera que me dera e viesse
Que acompanhasse
Que me
Que face da seiva
Que fosse da ameixa
Que fosse que foice nus trouxe
Que dia mais otário
Que dia mais lindo
Que dia mais amanhãçado
Que dia mais indo.



Matheus Carmo

sábado, 11 de maio de 2013

Monólogo fino.

Tem vezes que eu queria estar junto com Thomas, e bater altos papos, falar pra ele:
- Véi, esse é Toquinho, um dos maiores monstros do violão, e já fez muita música com um dos maiores poetas do Brasil, se ligue ai no som.

Matheus Carmo

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Das partes


Futebol, um verso
Dança, outro verso
O Tropicalismo, mei metade
O Rock, mei vaidade
A cachacinha, uma obra
O amor, a munição inteira


Matheus Carmo

terça-feira, 7 de maio de 2013

Poema de Contato

Danço,
dancei,
que lá,
me Euzei de tanto.
Nunca tinha gozado em tantos corpos como hoje,
e todos eles, quase todos, gozaram em mim,
tava mais melado que mela,
que dera coice de fera,
então, eu tava era no chão.

a) Tudo começa no chão
b) O princípio é o ontem
c) Eu vim mais cedo

Tava lá, experienciando, em sala escurecida
sem ver,
desalimentando minha timidez
esfregando-me,
subindo-me,
até altura de cima.

---------A Dama da dança-------
Foi primeira, e de primeira, como tudo e tudo mais,
Eu fui de modos gregos em meu corpo, minhas pernas eram como a mixolídia,
e só meu corpo, a Dama tinha uma orquestra nas ventas e uma ordem sinfônica nos culhões,
o truque era só desobedecer.
Logo eu estava em mim, e ela também, cada vez mais, solando no corpo e arpejando no solo, no chão, no colo, no polo, no poro,  no auricolo, no golo, no sacholo.

E tudo por quanto a leveza os deixarem fluir.

Fui de um, fui de outro, daquela do olhar de selva, do meu olhar de cabra.
Ela gritava,
e eu a selvageava,
como um lagarto,
como um leão,
como um rato,
eu tinha o corpo de uma Les Paul,
e um jeito de uma selva,
assim, como sou,
com quebra,
de quebra,
tudo que quebra presta,
então, na quebra, dava o carinho,
de um bebê,
de uma criança,
mas os pés...
eles não saiam do chão,
como Barros,
me celestei demais pelas coisas rasteiras.
Ela fazia tudo em troca.

___ Do Pulo___
A do elefante nas costas,
porrada verbal pra pegar o embalo,
tudo entendi, ouvidos de silhueta,
é como funciona a academia.
Quanto mais tempo, melhor,
que some pra mais,
o jeito, e a selvageria,
o Elefante, e a Les Paul
o doce, e o desengonço
que seja torta, que seja torto.

----Costura Interna----
De dentro sentia,
tinha certeza.
Como eu quis estar grávido.
----Costura Externa----
Ela foi a quem mais emaluzou,
quanta energia, brilho, sabedoria, e encanto no ar,
o contato de uma criança.


Pernas cruzadas, olho n'olho,
mão de cá senti  mão de lá,
subtonei o olhar por vezes,
mas consegui enxergar "Amor" no direito,
e ter certeza que ele de dentro sentia,
no caminho,
tomei impacto
que coisa que não se sabe
era forte de dentro, e fraco de fora,
n'um sei que mais de lá.

/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\/\

Eu danço,
dancei,
que ofusca zambeta
só quero dançar, coisar, e ar, e gar, e fá, e rá, e ta, estar, e pá, e nar, e sar, e mar.


Matheus Carmo





domingo, 5 de maio de 2013

F.

Foda-se: Na minha cabeça tudo é muito simples, engata a marcha e foi, a realidade é a poesia, e muita gente burra não enxerga. Quem quiser me acompanhar que tenha gás. Pra explodir e renascer. Eu gosto do esparro, e perder uma barrinha de life no perigo, tomo até Toddynho sem agitar a caixinha e até café com manteiga; E sempre de regresso a essa fajuta boemia, porque é bom tomar cerveja. Meus poemas surgem de tanto ralar a sintaxe no pinguelo do asfalto, e tudo quanto sai, é torto, é tonto e é torto. Foda-se também a poesia. Seu versos sujos jamais serão lavados.
Tudo é necessário de alma, de amor, de carinho e atenção: venha venha, venha transcender. Assim que é bom.
E agora, com um tanto amais, alcançar o inalcançável e reviver. Foda-se.


Matheus Carmo

sábado, 4 de maio de 2013

Recortes

Desastre,
desastre,
desastre,
tanta dança pra não dançar.

Vontade,
vontade,
vontade,
daquela que é melhor deixar pra lá.

'- Vem cá ó, vou te ajudar, se levanta - smack -
faz assim...isso, muito bem, ta chegando lá... - smack -

- Amei, quero fazer sempre...! - smack -'

Eu sei, essa dança é doida pra me dançar, mas... foda.
___________________________
É essa zomba antropofágica também
Vulnerabilidade
Incômodo
Eu te garanto porque '... te muitas coisas'
___________________________

Deixar só?
Não.
___________________________
Esse poema tem mais lágrima quê qual quer coisa.

Matheus Carmo.



sábado, 27 de abril de 2013

1º Poema pra Thomas


Eu te amo
Este poema é do seu tamanho
Eu te amo
Por tu já tenho amor
Amor e amor
Amor do azul
Amor da flor
Amor de anil
Amor de Pai
Amor de Fevereiro
Amor de Abril
Amor de Amor
Amor demais.
Da possuinte deste útero que lhe guarda,
Do Verão e do Inverno,
Que Deus os tenha embaixo de suas asas,
Meu guerreiro, meu cabra, meu feto.


Matheus Carmo

sexta-feira, 26 de abril de 2013

English Class

De todos os carinhos
De todas as saudades
De todas as vontades



Preparar aulas.


Matheus Carmo

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Versos Modernos de Anti-identidade.


Som, realidade
Baba, realidade
Loira, realidade
Queda, realidade
Amor, realidade
Vida, realidade
Fazer, realidade
Atitude, realidade
Sol, realidade
Terra, realidade
Decepção, realidade

Construção,...
Mais pessoas,...
e Facebook,...

Matheus Carmo

sexta-feira, 29 de março de 2013

Pás

Comer comer, celebrar e orar
Que aqui os versos não engasguem nossa digestão 
E que de contra partida não faça ferida na contemplação
Meu irmão, então, ou o feixe ou desfeche ou o peixe ou então 
E há de haver tudo de novo, ad infinitum, ad eternum, de novo,
O ovo 
Sem novo 
Meu ovo 
Do povo
Sem olho 
Removo
De novo
O alvoroço
O aforo 
É roubo 
É no couro
E no osso
Que é dado, o grosso
O caldo 
O esforço 
Do homem
Do moço
Que não vê mundo novo

...

Arroto

Feliz Páscoa pra todos.


Matheus Carmo 


 
  

domingo, 24 de março de 2013

Post pra Ray

                  Pois que hoje lembrei muito de você, aquela garota da munhequeira do Ramones...ah... essas lembranças só amassam minhas saudades,
e quando me pego saudosista me sinto um frasco de extrato de tomate todo espremido,
com aquelas mãos passando, espremendo mais um pouco, até o fim, pra tirar o último restinho de conteúdo ali dentro.
São 21 cartas guardadas, ainda com cheiro de 8º série, com o valor da minha idade, cheias de ideias, e registros da vida.
Você falava sobre Deus, o mundo, amor familiar, e medo;
Eu falava sobre Deus, o mundo, amor familiar, e Punk Rock
                  Naquela época, tinha composto 4 canções para você, elas basicamente me faziam falar as palavras como se fosse um ditado, igual a Lobão no CD Acústico. Quando eu te mostrei a primeira canção, e falei: É pra você! Ficamos cerca de quase um minuto, só nos olhando, e você cansou de me olhar e lascou-me aquele
beijo, que eu lembro até hoje, jogando-me na cama, e por ali as horas passeavam.
Não nos falávamos na escola, ali era o lugarzinho só de trocar cartas, preferíamos conversar entre quatro paredes, enquanto que meu Windows 95 tocava Ramones, a gente sorria, e conversava, de montão.
                  Você era o tipo de garota que me fazia visitas inusitadas, às vezes só pra dizer: Hoje eu botei um Piercing no mamilo, quer vê?
Era bom também quando a gente se esfregava pela cama, loucos de paixão, tudo ardia, tudo era quente,
e os lençóis absorviam aquele cheiro de vagina de menina-moça, e isso bate uma puta saudade no meu coração. Como eu era tão jovem.
                Eu já sabia que nossa relação iria se esvair, que você iria se mudar pra Aracaju, mas quisemos, na pura coragem, levar até o fim, até o quase-último-dia, e neste período, quando chegava a noite, eu chorava de montão, esfregava meu nariz pelos lençóis, pelas cartas, e saia dando um raio em cada coisa que me fizesse lembrar você.
Prensava-lhe na parede e ah, recordo que tudo que eu te explicava era demonstrado usando alguns galhos achados no chão, da última vez que conversamos sobre nossas vidas, naquela noite de despedida, eu usei eles para fazer você correr e ser prensada na parede, tentar te dar o último beijo, que você rejeitou, e se safou, correndo em direção a sua casa me chamando de "Idiota", em outras palavras, soltando Haduken em meu peito; isso me doía extremamente tanto...
                 Nossas caminhadas às 5 de la tarde, eu te levando até em casa, caminhávamos pelo Bosque Imperial, um olhando o sorriso d'outro, e tudo era tão sadio. Você me deixou tanta saudade que ainda tive o prazer de matá-la, depois de você já ter se mudado,  por umas duas ou três vezes no decorrer dos anos, por essas esquinas de Salvador.
                 Por volta de 2011, cheguei a tentar falar com você, mandar mensagens pra vê se você ainda está viva, adicionar em facebook, e coisa e tal; nesse ano desejei-lhe feliz aniversário, mas você não me respondeu até hoje, não deu nem um 'like' nas minhas felicitações, só ao menos, me aceitou nas redes sociais, isso me entristeceu, porque sei que nas camadas mais insanas, ficou a nossa amizade... ficara.
                Você era a eterna Ray Way, assim que a se chamava. Mas depois me diga: que você já tem muitos anos com o seu namorado, que você está 'felizona', que a graduação acadêmica segue tranquilamente, que ainda continua escrevendo, e que também guarda as minhas cartas, e tal, manda um sinal, de sorriso ou de felicidade, de tristeza ou de estou viva, é só isso que importa.

Para Ray Way



Matheus Carmo
               

sexta-feira, 22 de março de 2013

Que Maresia.

E todo que todo esforce-se ao vento, 
De barriga deitei na barriga da maresia que esta Sexta carrega
De prova
De teste
De banho
De quarto à dois, soados
D'uma Dobradinha com farofa universitária
D'um Picolé de Limão 
De uma cervejinha de boca enferrujada 
De um cigarrinho em digestão 
De Por
Do Sol
De perder-se
Zumbido
Crente
Anzol
Da cagadinha no banheiro do terceiro andar
Do desabrochar
Da brocha 
Do rachar
Que de toda Sexta-Feira fosse
a foice de anti-mão
da Segunda ingratidão
E então...



gozar.

Matheus Carmo




domingo, 10 de março de 2013

Versos mal lavados.

Por hoje finda-se a tarde como quem tarda-se o fim
Uma menina pronta para aprontar nossa vida
Que dela, esteja perto do amor, ao modo que nós assim também estejamos
Que o medo e a dor,se descuide pelos cantos

Só proeza, só o vento passar
É essa maresia que me cala
É este Pôr-do-Sol faminto
E só reflexão jogada no mar

Estes dias, as palavras não tem me procurado
Nem quando sentei no advérbio
Ai eu me sinto desnútil
Ai eu me sinto meio verbo

Da nem vontade da vontade
Uma canção não consegue soar
E por isso faz-me suar
Como a sua é usar

Um estado em que a poesia é insuficiente prum tanto de  tantas cousas
Um estado em que eu não tenho estado à toa
A boa é a pessoa-avoa-ecoa e zoa

Eu quero um Me-quero-me
Que minha cabeça só pula ensolarado
E tudo quanto fraqueza nas brechas da resistência
Fazendo de só, de dado...

47°C de febre nos versos acima
Todos doentios
E o último soneto que fiz, ficou com disenteria

Caganeira nas palavras que só o tempo pode nos curar
Do Cu da Sintaxe não sai nem Sintagmas
É o tempo passar
A palavra não precisa de chá

De tchá-tchá-tchá
De chacha
Só de charlar
Ou só deixar lá


Quiçá.
Pois que a poesia é o corpo de quem a faz
É o porco de quem está por trás
E é no toco que o deus estás.
Ou no topo de não existir mais

Essas palavras foram feitas pra serem estendidas no varal
E todos esses se doendo de rima,
Pra serem compreendidos no vosso reino

Foi de surpreendia que me dei por aqui
De tantas que deparei-me assim
Que agora eu só peço,
O despeço ruim.


Matheus Carmo










sábado, 23 de fevereiro de 2013

Queixas e Deixas

Deixo-me as queixas desses momentos tempestuosos 
Ao puro martírio, trilho, e óleo,
Sabendo que é tão duro enferrujar enquanto que se tem gás
Que me dá nos punhos essa dor amais, de outras quais
Já não sei mais e nem importa os tais

Aprendi minha mudança,
De bons tempos
De um velho expressar
De tudo quanto se tem por ter só 
E não mais ter alegria ou desejo de mostrar

Mas digo que falta o ar
Quando vejo pássaros repetindo a mímeses que eu já fiz
Cheirosas e proveitosas à sorrir
Esperançosas e virtuosas... aqueles tempos

De hoje me tenho a palha
Daquela falha tão sutil
E me amar a mil
Como mil estariam ao meu lado

E foi de tanto amargo
Que deixei doce esse verso
E perverso da minha vida

Por me tornar ego
Narcisista de Abril
De entrar por onde não há saída

Por ser pego
Onde há paz distraída
Em meu plantio de horas tortas
De descarregar essas pilhas.


Matheus Carmo

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Aula de Desenho Poético: Desenhando o Amor


Pra desenhar o amor n'um papel, basta desenhar o vento dando voltas e mais voltas no rêgo de Fofó,
um'ora arrepia, outrora agonia.


Matheus Carmo

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Poema de Cinza

As lindas
As deusas, das coxas grossas e carnudas
Seja branca, morenassa, que seja...
A pele do pecado.

Felizes, alegres, e sorridentes
Pronto ao agarro, ao esparro
A bendita sedução
A loucura do carnaval

De tudo elas tem
Até confusões mentais
Abre-fecha-abre-fecha, as pernas
Os lábios...assim muitas vão

ou se vão.


É pena?
É a dó?
A crueldade?
A vida?

Ao fim da festa...Voltam
Juntas ao sol
Sem conseguir esconder as manchas,
O cabelo embaraçado, a pele marcada...

És tanta clareza, iluminar.

Não há como esquecer deles,
Que entram em qualquer túnel
E vão de rabo de foguete
Esquecem qualquer hora...

Que a hora goza neles

E retornam tristes,
Apaixonados,
Pela puta vida da moça da orla
É fim, mais nada consola

Só um outro carnaval.

Matheus Carmo.







domingo, 10 de fevereiro de 2013

Este Poema.

Que desse poema ele fosse o mais triste
Que dele pudesse escorrer os lírios do sol
Que o poeta pudesse chorar as letras
E as avessas chorar o arrebol

N'uma aurora, outrora eu chore as cordas
O aço aflora essa vida que não há aqui fora
Antes ter dado voltas
Antes não ter dado cordas.

Antes não ter sido
Antes não ter existido o antes.
É o perigo que eu firo
E assim prefiro,por ter sido bastante.

Por tecido costurado na minh'alma
E ter me agregado aos cheiros
A minha voz e a das borboletas
Tem horizontes de perfumes e meios.

E foi nesse Verão que me dei as graças
Atingi os altos gorjeios
Quebrei algumas belas taças
Quando tudo foi parte d'um devaneio

Que este poema seja o mais triste
Que esse ao menos seja capaz de dizer que me sinto triste.
Ao menos.

Matheus Carmo







sábado, 2 de fevereiro de 2013

O Mediador em Ação.


"[...]Todavia, o 
sentimento deste fenômeno tem sido variável; nas sociedades etnográficas 
não há nunca uma pessoa encarregada da narrativa, mas um mediador, 
châmane ou recitador, de que podemos em rigor admirar a prestação» (quer 
dizer, o domínio do código narrativo), mas nunca o «gênio»." (BARTHES,Roland.A Morte do Autor,São Paulo,2004,p.1)

A função de um mediador é de suma importância para Literatura. Ele carrega diversas possibilidades diante do ato de recitar um texto de natureza literária, e isto torna admirável a sua prestação.
Um mediador, não é o autor do objeto a qual está dando conta naquele determinado momento e espaço,
mas ele tem um poderio de grandes propriedades. Veja que agora não estou mais falando de texto em si, mas do objeto literário. Fascinar o receptor pelo objeto, é uma de suas importâncias e uma das possibilidades que o mediador tem;  outras como: enfatizar ou não enfatizar o autor, levar o objeto pra outras possíveis conotações, dar outras utilidades a obra, criar ou não criar uma ponte entre contexto histórico atual e vida do autor, construir ou desconstruir aspectos literários,etc.

Considerando o tempo e espaço como fatores que influenciam nos resultados, e ou, nas consequências, durante e após a leitura de um objeto literário, por exemplo a sala de aula e os indivíduos ali contido junto ao mediador, notoriamente percebi que há um problema no quesito, jeito/maneira/forma, em que o mediante lê este objeto. 
Identificação do mediador, sendo espaço sala de aula: Professor, aluno, e palestrante, normalmente um professor. 

A palavra ler,  agora, passa a exercer a sua real semântica quando for vista no decorrer deste ensaio, ignorando os significantes como: interpretação e análise; Falo em Leitura pra Literatura. Seja qual for o objeto, quem for o mediador, e aonde ele esteja (espaço), a leitura desse objeto (conto, poema, ensaio, leitura sobre vídeo, tela, etc) deve ser específica.
Notei que em algumas aulas de Literatura Brasileira e a Construção da Nacionalidade, e em uma palestra na disciplina Leitura de Produções Artísticas, que os objetos literários são lidos como bula de remédio, ou notinha de jornal. Naturalmente, isso faz com que alguns dos poderios e das possibilidades, que são dominadas pelo mediador, se percam, dentre eles e elas, que o receptor não consiga obter a  fascinação pelo objeto literário.
Não é necessário que faça-se exigências na Leitura pra Literatura, mas que apenas a mesma diferencie-se de uma bula de remédio ou de uma notinha de jornal, que são objetos de natureza denotativa.
Logo então, que haja uma maior reflexão sobre este tema.
Não sei quantos já aproveitaram este termo "Mediador", usado por Barthes, todavia existe uma grande carga concentrada de efeitos positivos e negativos aplicado aos receptores de mensagens literárias que estão justamente engendradas, explicitamente ou implicitamente, na função de um mediador ou recitador.
É possível causar danos na literatura quando, com o contínuo ato da  Leitura pra Literatura, permanecer, ao modo que o objeto ainda seja visto como enjoativo, chato, complexo, e passe longe dos nossos palpares, principalmente em sala de aula.
Fui criado junto a livros, e estes, sempre permaneceram ao meu lado, isso me remete a pensar no mesmo prazer que Todorov descreve amplamente nas primeiras páginas do seu livro "A Literatura em Perigo"


Além do quê, este livro, no decorrer das páginas, também critica algo pertinente a este conteúdo a qual discorro aqui, trata-se do jeito/maneira/forma em que a Literatura é ensinada no Lycée e suas consequências. Iria deixar um link aqui, em que direcionaria o leitor ao contato direto com uma publicação de um resumo que fiz sobre este livro, porém infelizmente detectei que o site está fora do ar.
Contudo, é muito frustante, principalmente pra pessoas que sempre conviveram, ainda que inocentemente, ao lado da literatura desde criança, chegar em um espaço de alto nível de ensino, e observar que ainda existe fortes efeitos que afastam as pessoas da literatura, e que podem ser remediados por intermédio do mediador.
Não existe abordamento de culpa e solução aqui, e sim de reflexão e possibilidades, o mediador não carrega a culpa nele, todavia ele é um dos fatores intermediadores de possíveis ajuda, se fizer bom proveito de quando exercer sua função, é claro.  
 A literatura não tem nada a perder com estas sugestões, os estudos literários deve dar-se ao gozo e ao prestígio dos sujeitos envolventes e dos seus objetos.


Matheus Carmo 
       

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Livres.



Ai vocês demoram... é que a demora mora com cheiro de Amora nessa moral mal polida,
outros chamam de Liberdade.

Matheus Carmo

sábado, 19 de janeiro de 2013

Carlos e o Imaginário.

Peguei-me pensativo quando você disse que queria toda sinceridade 
que era assim que devia ser. Eu tenho muita bagagem acumulada pra você saber de tudo, mas eu sabia
eu sabia, eu tinha muita certeza, você não iria aguentar quando eu dividisse alguns erros, quando eu abusasse do pronome possessivo, quando eu resolvesse xingar o mar, quando eu resolvesse beber sozinho, quando eu dissesse que fui bloqueado pra agir assim e assado. É pena não existir um violão em cada canto da esquina, uma Primavera em cada Verão, uma Catarse em cada prontidão, um cérebro igual a cada precisão.
Há sistemas isolados, instrumentos que mesmo eu não sabendo tocar, só restritamente eu, preciso o aprender, porque ninguém quer, porque ninguém precisa, porque ninguém se importa, porque ninguém é igual.
O saudosismo me vem a tona, junto a fé e a esperança...fudido estaria se vivesse disso. 
Eu te falei:
-Vamos desconstruir, é necessário, é melhor.
Mas tudo que me vem, é o entendimento de que me sinto um velho, chato, e muito maduro diante de momentos dos vinte. Não importa, eu me jogo no devaneio, no escorregar da casca da banana na cerâmica lisa desse encharque.
Gente que leva
Gente que se leva
Gente que da queda
E meu lado pessoal, não há nada em ti. Aqui nada chega.
Sair desse estágio pra outro com o aprendizado errado, torto, mutilado, é barril, é estrago, é esparro.
O melhor é a dois, porque bom e gostoso é assim, a dois.
Venha logo, 
Não demore muito,
Eu posso estar confuso, é melhor aproveitar;
Aquele dia que deitei na sua placenta,
pra dizer-lhe: Te amo.
Isso eu não confundo.


Matheus Carmo




sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Só em um outro Verão


O caráter mimético me cansa
Há repetições que me dar náuseas
E há náuseas que me tens por repetições
Estou enjoado do Verão
E do cacete do inventário
Mais ainda do pouco salário 
Que não banca esta banca do imaginário
É tudo uma questão de ser otário?

-É ou não é? 
-É tantas, meu caro.

E eu sei que está caro
Todas as receitas dessa vida 
De quem duvida 
De quem é de ida
De quem tá na partida
Entre o esparro e a batida.

As tantas, significa: conteúdos do processo
O ser, o estar, a ferida
E a consequência  
Da isca
Ou do espero

... do "não quero".
do "não ferro"
do it yourself, seu prego!
do eu erro

do som do reco reco 
do rêgo mau lavado
do nosso protesto de obediência
da nossa displicência
do nosso ego.

Então tomas das minhas mãos 
E tomas  minhas dores 
Tu somas e tomas a ingratidão
De não haver mais Thomas dentre as flores

Deste Verão despedaçado
Fez-nos e fez deixar ao lado
O mágico e o magoado,
Uma outra estação pra cada rádio 

Um outro Verão ...

Pro meu cansaço.



Matheus Carmo

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Verso em 'disgraça'.

Vontade de picar-lhe a 'disgraça' na poesia,
só assim ela fica com a bunda torta.

Matheus Carmo

Cocô da Poesia


Eu preciso fazer um versinho com cheiro de merda,
com o "erre" bem fricativo
com alguns fonemas glotais também.
Um que cague na calçada
e deixe a poesia assada
de palavras mal acostumadas
daquelas que não sirvam pra nada...
e é delas, que tudo serve pra mim.
Eu preciso que esse poema diga:passagem, seguida, nova jornada
Será Fim - Venha!
Diga Foda-se pra muita coisa
pois tudo quanto  for-lhe querido precisará de seguir
e irá seguir.
Quero um um poema em que eu possa ralar o verbo no asfalto e,
tirar grau seco de qualquer advérbio,
deixar ao meu modo
em qualquer lugar.
Me pariram poeticário
nasci pelo cu da poesia
a qual anal sirva de bom material
pra nossa envaginação.
Eu gosto de envaginar as coisas.
Eu gosto demais do que de mais.
Eu gosto mais disso e mais daquilo.
A poesia deve cagar em minh'alma quando escrevo;
E eu não costumo limpar
prefiro deixar esse lodo podre escorrer grosseiramente pelas minhas costas
deslizando no furico da alma, no muco do cocô
a fazer musgos
fedendo adjetivamente muito
pelo sebo, pelas glândulas sudoríparas

Meu poema é um cocô cheiroso.
E eu cheiro a cocô.
Uso máquinas pra esmagar frases e deixar as palavras bem apertadas
Quando as palavras se apertam elas perdem suas classes gramaticais
e elas passam a ser aquilo que as mesmas querem ser...
as minhas querem ser nada ou cocô.
quem faz nada é bocó, quem faz cocô, cheira a cocô
eu sou um bocó cheirando a cocô.
outros poetas preferem transformar as palavras naquilo que querem.
Acho que morfema não se obriga, mas passa.
o meu, assa.
a minha, ava.
o dela, aba
o dele, arfa.


Matheus Carmo




sábado, 5 de janeiro de 2013

Baixaria, é.

Eu queria ta com gente
E que gente fosse
Que hoje é Sábado
E esse poema é rápido
Pois não posso perder muito tempo

Que é bom vê a notas altas espalhadas e repetidas na cama
Tudo caiu de vez
Eu tô com a cerveja e hoje, com a minha embriagues
Só.

Ah, minha flor que já se foi
fez-me uma visita e foi-se.
Eu disse: hoje não vou sair,
vou ficar por aqui.

Matheus Carmo


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O Grau Poema


Não há grau certo pra poema
O bom é que quebre,
o bom é que desande
o bom é que.

Matheus Carmo