sábado, 23 de fevereiro de 2013

Queixas e Deixas

Deixo-me as queixas desses momentos tempestuosos 
Ao puro martírio, trilho, e óleo,
Sabendo que é tão duro enferrujar enquanto que se tem gás
Que me dá nos punhos essa dor amais, de outras quais
Já não sei mais e nem importa os tais

Aprendi minha mudança,
De bons tempos
De um velho expressar
De tudo quanto se tem por ter só 
E não mais ter alegria ou desejo de mostrar

Mas digo que falta o ar
Quando vejo pássaros repetindo a mímeses que eu já fiz
Cheirosas e proveitosas à sorrir
Esperançosas e virtuosas... aqueles tempos

De hoje me tenho a palha
Daquela falha tão sutil
E me amar a mil
Como mil estariam ao meu lado

E foi de tanto amargo
Que deixei doce esse verso
E perverso da minha vida

Por me tornar ego
Narcisista de Abril
De entrar por onde não há saída

Por ser pego
Onde há paz distraída
Em meu plantio de horas tortas
De descarregar essas pilhas.


Matheus Carmo

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