terça-feira, 27 de novembro de 2012

Funcionalidade de alguns pós-lidos.

O sujeito lê um texto de natureza literária e, por ver a estranheza, das combinações de palavras, que atropelam o sentido de uma sintaxe, de uma ordem léxica, resolve dizer como sempre: ¹Não entendi nada. ²Você é maluco. E por aí vai outras conotações. 

A Literatura sempre foi uma ferramenta/campo/doutrina/disciplina - 'matéria', importantíssima por dar, e ou, nos oferecer, os sentidos de compreensão em relação ao Homem e o Mundo, entendendo-os em seus espaços, aquebrantar correntes diversas, na qual retratam Compagnon e Barthes sobre essas temáticas,e ir para além d'uma filosofia.
"A literatura é fenômeno e simultaneamente transformação de fenômenos: transformação de fenômenos vividos, experimentados  ou transformação de outros fenômenos literários [...] Também do estudo da literatura se espera que nos ensine a distinguir um caso do outro." (A lição do Texto: Filologia e Literatura, Luciana Picchio)

Por a mesma ter esta grandiosa importância, implico sempre em que, a sociedade (que também fala-se na construção da nacionalidade por intermédio da literatura), deveria aplicar os conhecimentos, desde introdutórios, a respeito da literatura, em salas de aula do ensino médio e fundamental, ao qual Todorov relaciona Literatura e lycée em A Literatura em Perigo, quanto na vida humana, ao modo que a Literatura vem sempre mantendo o prestígio fundamental a todos nós.

O fator de irmos avante diante d'um texto que nos causa estranheza ao entendimento, por uma série de motivos, ao qual nele, está engendrado os aspectos literários, é justamente por não termos capacidade, por não terem sido nos ensinados a lhe dar com Literatura, nem mesmo os conhecimentos que obtemos durante o colegial são o bastante para tal, e muita das dificuldades obtidas diante da literatura, vem da escolinha que nos ensinou e instruiu-nos conquistar um vaga na universidade. É notório que a problemática é extensa, passeia pelos campos familiares, culturais, políticos, religiosos, filosóficos, etc. Campos esses, que, ainda não são contemplados devidamente em nossa sociedade, em século XXI, em tempos de urgência! E, não em urgência de tempos.   
Lá, em sala de aula do ginásio/ensino médio, estuda-se apenas, Movimentos Literários, p'ruma mera questão de Vestibular/ENEM e cobranças alheias. Não estou aqui, desprezando o conhecimento que obtemos em época de colegial, mas alertando que, mais uma vez, estamos em tempos de urgência, há muitos anos! O Desperto deve ganhar total valor semântico, filológico, e morfológico pra este mundo.

"O Super Homem" Nietzscheano precisa "dar as caras".

Nos relacionar com a Literatura, é o ato preciso, dar-nos-emos então nota de todo alcance literário, porque inda'sim a mesma é ponte pra muitos êxitos, é pela natureza dela que muito se é feito.
Lecionar o 'sêmen' - Begin - literário em sala de aula e explorar o possível, fazendo com que o aluno passe a enxergar literatura, não só como uma corrente de movimentos literários, mas sim, com, olhares apurados, ciente de tudo que há em sua volta, em quesitos de, o que a literatura conseguiu construir, o que ela consegue construir, no que facilita em nossas vidas, até ao ponto de Análises Críticas e então, chegarmos na "Vida Real", passando a olhar os objetos em nossa volta, com olhares literários, e, a priori, isso ser fundamentalíssimo, visando então, Literatura como também, um dos meios de entender, perceber, e apalpar a vida.

Discorrer este ensaio em tão poucas linhas, é árduo, todavia, o que mais quero exaltar aqui, é o modo de como as pessoas agem ao deparar-se com um corpo estranho.
Não abandonem os textos literários, não fujam deles, eles sempre tem algo a dizer-lhes, isso é um pequeno favor a ser pedido a vossos leitores.

Nas minhas origens acadêmicas em Introdução aos Estudos Literários, aprendi com o Mestre, Teórico em Literatura, Igor Rossoni, uma embobocação singular, dizia: Em Literatura, é necessário enxergar o cocô do cupim.

Apois, lá está todo o segredo!

Adendo: Não fede.


Matheus Carmo

domingo, 25 de novembro de 2012

Gramática - P.1 e Advérbios Literários.

Eu gosto do estrago, eu gosto de fazer as coisas acontecerem
Eu gosto de ser agraciado pelos amigos, pelo bem, pelas bondades que há.
O estrago é desfazer coisas razoáveis:

Tipo deslimitar o sentidos censuráveis comuns.

Eu amo a primeira conjugação verbal

entulhos que chegam ao infinitivo,

E poesia é isso.

Engrandeço-me mais conjugando substantivos, tipo assim:

[e.g] Eu arvorizarei mesmo que seca mate.

Arvorizarei é do verbo arvorizar.
E esse é meu verbo.
Eu arvorizo a chuva até com apu!

Com um 'Arvo' (Morfema lexical de base) eu engraxo até a sola da palavra
Em ter-se a Vogal Temática 'i', é possível enfiar ela na tatuarana de fofó.
Quanto ao morfema derivacional de modo, tempo, número e pessoa,
a gente raspa raspa raspa pra alcançar qualquer tempo substantival
Nem que eu tenha que fumar morfema.

Poesia insatisfeita por ter que pegar bem longe as expressões mais exatas pra não definir nada.
Tudo é pouco em palavra, menos quando.

Inda'gora que aprendi função literária pra advérbios.

Dia desses enpiquei toda ejaculada no advérbio, vivo a criar essas embobocações. Elas me perseguem.
Um trabalho desgraçado de árduo
Devia me sustentar.

Mas vida de bocó, é pra.

Matheus Carmo



Inconformação de.


Rima é lágrima
Verso são dentes enfileirados na graça do olhar
O olhar pronuncia o momento ao olhar partes
Descobri que poesia também faz-se sem utilizar morfemas, fonemas, e análises.
Tenho feito muita poesia muda, mas muita mesmo. Acúmulo das muitas.
Pena que Poesia muda não muda nada.
Consolação,
Suicídio.
Muda.

Matheus Carmo

sábado, 24 de novembro de 2012

Orla Olá Céu.

Run, run, run, run, run, run, run, run.

Correr atrás ou
Correr pra trás
Não sabe quando...

Hoje era só pra comemorar a felicidade e mais um dia lindo.



Matheus Carmo.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Soneto à Verossímil.



Sei que pronunciaria palavras de às terças
Que as asas de um passarinho me penam à semântica de mim
Que a manhã me traz anseios da noite
Que a noite me traz anseios de permaneça

Espalhar-me-ei no espaço possível
P'ro verossímil ser o cabível
O infalível ter-se em nível
O erro quanto possível

A veneta transfigura-se em caos
Em sangue surpresa o medo e os paus
Aos encontros turquesa esvai-se a moral

De bem ou beleza
De dor ou dureza
De cousa real.

Matheus Carmo




quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Acontece quando.

E sei então ao certo que me tenho aos erros então incertos
De devaneios e são cobertos de rodeios em tom decerto
Perto quanto repleto de mim mesmo ou não esperto
É o reto pra sãs de teto ou teto pra sãs de reto
Martírio pra poucos meros ou meros pra tanto "espero"
Eu espero quem ver'o velho como novo de um ontem aos 'Quero'
De novo ao ferro do forro esfero
Quanto aos trapos de um caos que não impero
Corta descorta opero
Quando sou soou eu enterro
Não mais que tudo,
Não mais que prego.


Matheus Carmo




segunda-feira, 12 de novembro de 2012

De as tantas.

Acontece tantas
Que nos faz pensar e sentir as tantas
Maneiras de acontecer as mancas
Que nos poluem e nos travam as jantas
E que nos marcam e nos ferem de a mantas 
Pois rodam e rodeiam como Jamantas
E cantam sozinho e as cansa
Permanecem no ninho de si lamas
E amas de vinho as Fantas.


Sou do acontecido.
Sou do interessado.
Sou do nada que ocorre
Sou o porre acariciado.
Me interesso pelo interesse dos acontecidos da vida
Sou bocó ao modo que uma tarde qualquer deita em minha barriga
como se fosse um Domingo, bocó.
De as tantas.








Matheus Carmo

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Origem de mim-eu.







Raspando o útero do verso, gemendo as forças, dói e treme, de quatro a Catarse,
fudendo o soneto, xingando a métrica, nasci pelo cu da poesia.


Matheus Carmo