segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Thomas, Macêdo e outros verbos.

Às vezes eu tenho que olhar aquelas roupas que estão secando no varal
às vezes eu tenho que me levantar e olhar ele,
vê se ele realmente existe,
vê se é ele que chora mesmo,
se naquele dia eu não tivesse melado a minha mão de argila,
se não tivesse energia naquele apartamento,
ou se tivesse faltado energia no mundo todo,
e se eu não tivesse entrado no facebook,
ele não existiria,
eu não teria existido,
eu não teria me completado tanto quanto me completei,
é muita onda,
a cabeça chega pesar imensamente,
e diversas lágrimas caem dos meus olhos,
é foda,
o amor é barril demais,
vem com tudo, contudo,
dilacerando meu coração,
na mesma intensidade,
igual a tristeza de se entortar,
de quando descobri como é descobrir acertar.
Vai velho,
e desce de vez,
é isso,
e faz,
o AS,
que nenhuma carta tem,
porque o que elas tem
é o mesmo que nós temos,
um pouco de negro, vermelho, e branco,
um pouco de paz,
de novo,
à quem,
este AS,
de Às vezes,
como comecei este poema.


Matheus Carmo

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