domingo, 16 de outubro de 2011

Sábado Mado


Hoje é um sábado, que por si, é mágico e especial. Não estou pensando direito nas palavras mas sim digitando rapidamente o que meu sentimento de cartela cheia expressa. Espero que vocês saibam que hoje os bares estão cheios de homens de almas vazias... hoje o sábado está em minha casa, pregnou-se o encanto. Eu, muitas vezes, não tenho coragem de dizer que sinto-me apaixonado por você, por isso sou estreito, indireto , e usufruo deste blog. Mas que morena, que além de tudo é rosa. Mas que baixinha, que além de tudo é pimenta da tarde , do beijo do feijão. Borboletas são amigas, porque até visitam o vagabundo atoa. Se fosse só de amor meu motivo para escrever o futuro me prenderia em cafeterias. E eu que não sou nada descomprometido com a sala não sei se perco, ou se ganho, meu tempo aqui, no quarto, porque aqui também as coisas são de quartos privilégios, de quartas compras, de quarta- feira.
"I feel that old feeling comin´on ", ah James. Como você é tão Brown... As pessoas te amavam de verdade. Olha que eu comprei aqui uma gaiola, nela guardarei todas as formigas que achar por ali, elas sim, tem sintomas de liberdade, e sim, elas sabem cantar. Eu já pensei na dor que seria se de só de terra minha gama alternada de anseios fosse à mim, encravada. Teria menos desejo, menos vícios, menos Vênus, menos princípios, menos Paz... e ela que namora comigo em maior intensidade possível agora. Faça a Paz, é uma das camisas que mais gosto de usar, até nas eras de guerra, pois de luta são todos os dias, e de luto são todas elas.
Venha música, venha música, toque, exprima, aumente, porque se não tocar eu a colocarei para tocar , já que de música nós somos feitos ... ou ela é feita de nós ? De atados nós ? Necessidade impecável. É verdade, posso estar te fazendo sorrir, enraivar, chorar... e você não sabe porque, de palavras nada aqui fica claro, só quero deixar a sensação, quaisquer que daqui queira usufruir. Estou preocupado demais, tenho muitos afazeres que me disseram ser importantes a fazer, e nada tenho feito nessa última semana. A escritura fez-me de escravo, a música ... de cravo, e eu dramaticamente não sei como seria a vida sem açúcar. Falando nela, nessas tardes tinha feito muitos desenhos verbais da nossa paz adocicada de amor. Freei pra meus dedos respirarem, e a vontade insistiu em não permitir o tempo, nem ao próprio tempo, aqui, de coragem, de amor, faria escada com todas minhas poesias até que alcance sua janela, e se eu te ver de costas para a vida, com os olhos pregados ao computador, o que mais faria eu bambear e cair, seria se estivesse olhando meus escritos, perfis, status e sentisse o perfume dos sonetos penetrar em seu lar.
Devo me recolher, colocar minhas palavras para "dormirem", quando não estão aqui, estão aonde eu estiver, e como malmente durmo, elas acrescentam-se de olhos noturnos.
Uma vez o poema lhe abraça, em outros ... ele lhe traça. Nunca confie na ideia, mas deixe ela trabalhar, e deixe ela roncar quando mais precisar, e neste momento... aproveite. Beijos... de quem não sei, lá ...
Saravá !



Matheus Carmo

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