quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Conto de dois à dois.

Um amor raso, caro, intenso e barato, um amor de gays de peles às putas, um jovem e um velho, um amor novato.
Começa nas escadas as conversas de taras, embutido as suas experiências, idades, graduações e frustrações, um pesado expressar à blá blá blá, e meia vida de novela lhe é contado sem ao menos esperar nem o sol se por, tudo nasce já pronto pra morrer.
Ideias, opiniões,sugestões... Convite.
As escadas agora respiram o ar puro, dão tchau ao novo casal.
Táxi, hotel, e play ao interesse: sêmen, muito sêmen na cama, pelos anais na fronha, suor no corpo, suspiro, cansaço, e tudo ocorre em demasia. O velho homem gay, não aguentava mais o cansaço e a dor por ter passado horas dando o cu, deita-se na cama, com os olhos fechados e com a boca e os braços em completa abertura. Suspirava, suspirava, suspirava, pedindo muita calma.
O jovem menino gay, ainda se graduando na faculdade, cansava mas resistia as suas limitações, queria mesmo é trabalhar. Comer e dar, comer e dar, comer e dar... ele era das trocas. Saíram de lá, quando a lua já começara a pensar em dormir.
Aquela velha novela acontecia: trocar números dentre outros contatos, como se já não bastasse o excesso de trocas.
Pela manhã, o jovem recebe, é claro, aquela velha mensagem:

"Bom Dia, gatão. Nunca tinha visto tanta ferocidade e energia em um novinho assim, vc me surpreendeu.
Ah, que pauzão é esse menino?! Fiquei ainda por horas antes de dormir pensando nele, delícia! Passo aí hj pra gente tomar um café"

O jovem super encantado, feliz, contudo, sem perder a malícia, sai com o seu novo parceiro, param em uma Delicatessen pra'quele café cult (pãozinhos de mina, capuccino, torradinhas com orégano, e cigarro) e com muitas carícias e novas conversas de velhas perspectivas, resolvem ir ao shopping, e o velho homem gay,
enquanto que passeava pelos corredores e olhava as vitrines, dava um banho de roupas novas no menino. O horário avisa que a aula do jovem sagaz deve começar em instantes, um beijo na boca, um "eu te ligo mais tarde", um buzu às pressas, chega na faculdade e,...

ele precisa desabafar com as'amigas.
Risos, resenhas, e não se saberá do amanhã.


Matheus Carmo

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