sábado, 1 de dezembro de 2012

Literatura à óleo.

Chegando e abrindo o meu escritório de escrever inutilidades pro costume.
Mais uma noite de Sábado que me leva a altas percepções e passar por mais uma mutilada
de versos emprenhados.
Um som forte que toca aos meus ouvidos, um açúcar loiro que massageia meus rins
um tempo de grandes propriedades foi usado no banco branco pra alisar um outro Sábado de fé.
E por tantas gritantes ideias me forçam a embasar as  palavras que correm de vontades gritantes, pocando,
destruindo, rasgando, martirizando, e estourando a bolsa do meu cérebro, "vai nascer vai nascer",
De súplicas e urgência o tempo e a vida se abraça esmagando-me no meio dos teus peitos
pois que paciência e a sabedoria me emaranha e me resenha de lenha de emprenhadas quando não mais que tarda só resta mais o que há de ida do quê qualquer recomeço ou largada
Pensamentos que correm riscos, que correm cansados, que vomitam no Outono de qualquer Primavera
Inconsolavelmente me dão vontades de expelir a desgraça às mãos como quem lava calças imundas de pano jeans ensurradas na pia, depois de terem sidas usadas exaustivamente na labuta do dia-a-dia.
Assim a desgraça estaria limpa para ser morfema literário lexial de base.
Mas só de graça não se faz vida

Só de sol não se nasce um Girassol
Só de merda não se suja um cu
Só de rima não se cria poesia
Só de só não se sente um só
Só de pó não se dilui as substâncias
Só de nada não se tem o tudo.

É necessário de.
É necessário quando.
É preciso que.

A discórdia de qualquer cognação é desculpada pela contínua leitura deste escrito.

- Mais uma loira pra dentro que todo cansado requer anestesia!

  A vontade são das múltiplas, as ideias são das primeiras
as exposições explícitas são das confusões explicativas

- Esse cara sempre tá de boa  -
Tudo legal.

Ai que rima mais desonesta:
Feijão com farinha desprezada
Cerveja com papeis
Curso de letras com Sintaxe
Domingo com Segunda-Feira
Sobriedade com o mundo girando!

E toda máscara dar-se ao medo de deixar às claras todos meus medos, e por isso cansar de toda teoria, enjoar-se de toda fantasia, agraciar-se com todo ato de simplicidade, estar com quem esteja de verdade,
realizar aqui o que realiza-se em uma pseudo realidade
sambar tristemente é só vaidade
perfumes são viadagis
este século grita por cousa real
grita inté pelos ouvidos

Isto rasga sangra rala acaba enxarca estaca farpa ingrata zarpa marta farta encapa aspa caspa pasta
basta, basta, isso basta.

Quanto gerativismo passam na boca dos formigueiros
quanto desentendimento prum paladar que bebeu da água e do vinho
eu não caibo mais nas conformidades censuradas
eu havia querido ouvir o que ninguém nunca disse,
eu queria ser melhor amigo da pressa pra intercambiar a perfeição

E toda banana, ou vira rodela n'um prato simples de arroz em dia qualquer de semana, ou vira a paz de um macaco.
Optar por não optar é só uma opção mal-encubada de livres interpretações
Fiz-me por desoptar as opções.
Fiz-me por ter as noções.
Fiz-me por entortar embobocações.
Fiz-me por ser quem estou.
Estar como quero que sou.
Ter intimidade suficiente pra peidar no soneto quando ver que ele está lindo demais pra pouca poesia.

Eu desvirei um lata vazia pra ela derramar sua alma no solo,
Não deu certo.
Já haviam bebido-a,
por isso essa gente anda tão cheia de gás, artificial.



Matheus Carmo.










   

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