domingo, 9 de dezembro de 2012

Coisas das Cousas.

Jaz que não posso e não consigo ficar há muito tempo longe do horizonte sem cutuca-lo
Coisas sem literatura também fuçam com a mesma, mesmo sem a conhecer.
U'mora ficarei mais vaidoso nos meus versos
Trarei para as palavras o pigarro dos boêmios
e a destreza poética em alguns versos

Inda que falar sobre o futuro seja só uma maneira de embelezar nossa pertença
Vê gente a se envolver
Vê gente a se mirar
Vê gente a se enganar
Vê gente a se enpapecer
Nesse malte de viver solenemente a procura do seu bem estar

O que dizer do que nós queremos e precisamos?

O mar ainda está lá
No mesmo lugar
Pra nos sugar
Fazendo chuá
E roncando à provocar

Ainda penso que na barriga do mar lê-se: vida

Amigos que só leiam meus versos
Quando tudo não for sorrir
Ventura de apaziguar a palavra à forma
É estar entre o equilíbrio e o distrair

Minha coleção estende-se mais
Ao observar de ressaca, como um pintor
As palavras e os jeitos dessa cidade
Verbalizar Salvador

Porque de cansaço estou satisfeito
Por quanto que louvores as borboletas os defeitos
Estejam-me a agraciar.

Penso no professor lá das origens escolares que empunhou a vida numa alegria de balde triste
Vive a reclamar, felizmente.

Até de flores minha Dulcineia ensina-me a enchierar.

Me chamo Matheus Daniel Rosa do Carmo
Nasci pelo cu da poesia
E fraturei um verso em gargalo

Linda mente a escrita pública
Deixo tudo isso envelhecer e criar barbas
Sem perder a mente que não mente às claras
O ar contente do caminho que afagas

E de seguir reto ao torto
Penso em voltar ao porto
Onde o sol tem outra simetria
A morte, fica até mais fria

Fumaça, 'barrunfo', calor, e páginas amareladas
Desses livros a não servir mais pra nada
Me encontro de uma entulhada
Atarefadas  e apressadas
Dormentes e acorrentadas
Suores e coordenadas
Cor de nada e esbagaçadas
Ao faquir da dor e da estrada
Um poeta que se entrega
As palavras e a um sorvete de goiaba
Como que de sorte aponte uma iluminada
De anseios e velejadas
Que palavras que terminam com 'nada' ou 'ada'
São assadas e me emprenham de emprenhadas
É lindo dizer: minha namorada
E no amor nada sua jornada
Pelo apreço dessas terminações desalojadas
Joguei no colírio a pomada
Relincha as inchadas
De tudo,
Ou de
Nada.

Matheus Carmo

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