quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Borracha

Fiz-me por repensar das pequenas pedras, elas alojavam na protuberância do "eu "racional. Além do meu "eu", há o "eu" que exala e cala. Fora a existência do "eu" físico. levantei-me nas horas pardas afim de observar os festejantes da vez, eles, comemoravam o cento diverso da nostalgia. Ah, tenho que recortar bem os pensamentos e atirar com flechas de borracha, escrevendo assim, serei considerado um bom escritor!
Depois das teses visuais andei pela calçada, pelada e descalça, e ainda assim atirava com àquelas flechas de borracha. Calçadas que já feriam os meus pés e a si própria, estas, não eram de borracha. Ressalto todas minhas fotografias e por aqui,passo adiante. Imagine sua percepção, então, sobre a vela dorminhoca que ronca sem parar, o que ela mais tem feito contigo ? Não seria, o que tem feito com ela ? O nosso dinheiro está entregue a todas as festas dos fins de semana, não é mesmo ? A cerveja já degustamos por definhar irreconhecível. E, vivemos em função da morte, caso contrário, atinja-se pelado. Foi assim que pensei em medo, namorar papeis e flores nunca foi tão verdadeiro, há de quem julgue minha cortesia ... O medo, até então era só palavra muda, sarcasmo era só novela, inteligência era apenas retalho e retalhe, perdi minha virgindade do lirismo, nada mais era de borracha. Quero dizer, nada mais do que precisa ser, era de borracha. Algumas coisas doíam, estas aqui não! Tantos passam abatidos, mas afinal de conta sou ou não sou um bom escritor ? Sempre tem quem leve minhas perguntas para o lado egocêntrico, contudo, você é ou não é um bom leitor ? Mais que isso interpretador, e prazer.
Chora ou então caleja, porque assim, em palavras, elas também são de borrachas ! Meu lábio tem dançado em ritmo de jazz, que dói, altera, e improvisa ... Quando apanha, bate boca, e nem assim é feito de borracha. Por aqui não me escolhe, mas ... estas palavras escolhem você. Não sinta-se mal, parar é ato de não se machucar. Vagarosamente vou aleijando os clãs, pois já não penso mais em caçoar das formigas, e nem mesmo cantarolar com as garças, porque antes de ontem foi de ferro, ontem de farsa, e hoje ... é de borracha.



Matheus Carmo

2 comentários:

  1. "E, vivemos em função da morte"? São tantos que eu vejo embriagados, rindo e brindando a brevidade trágica de uma vida que poderia ser tantooo!

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  2. No dia seguinte ele vai ao médico, toma remédios, faz tratamentos, e se cura, porque tudo isso também, é de borracha!

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