sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Em cama

Às vezes não adianta a gente pedir que o dia amanheça da maneira que gente deseja,
Um olhar de tom cinzento 
Um corvo ao agouro com seu bico forte, batendo insistentemente, quase quebrando a janela; faz jus ao pesadelo. 
Um pouco de tosse e catarro, e não há mais nada pra se fazer.
Poesia.
Café.
É proibido fumar.

- Brinca com isqueiro!

De repente, um sol entristecedor diz que a manhã de hoje é um mal astral, fica mal por estar poetamente mal, e não há nada mais mal do que a ventura de não poder sorrir, nem sair, nem andar...

O sol cruza seus raios, elegantemente e, deita-se comigo para um conversa de abandono... nos entregamos de verdade, um ao outro, estamos servindo para poesia, mesmo que isso doa, estamos.
Tinha como tem que ser, o dia. Não posso mudar.
Verdade, quem puder que mude.
Eu agradeço.
Todos nós.
Pois é.

Desrespeito a métrica, quando em vez, pra quê sei, pois como posso usar.
O abuso é um uso perante ao absurdo, de procurar onde não há.
Fui procurado.
Me acharam no verso acima
Colocaram-me no verso abaixo,
Semiologia é esquina
Eu tô lá quando não me acho.

Desfiz esta construção, me tornei artista plástico das palavras.
Sou formado em medicina, sou genecologista do gerativismo.
E como sempre, quando.
Mas não tenho hobby

Estou de cama,e quando de cama nós estamos, só é possível trepar, chorar, e ler.
Não mais que isso.

"Tudo que não invento é falso"

...








Matheus Carmo

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