quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Dia - O - Dia.

Faz-se necessário o devir real da escrita.
Não se escreve de à brinca.
Viver o que escreve, e escrever o que vive:  Ex-crê, ver.
Aqui não habita o escritor, nem o autor, nem puramente a linguagem. É um eu aparente,vivo, distante da forma, e em contato com a verossimilhança.
Sou o que digito, mas quem me procurar nas palavras, se perde.
Não descrevo as conspirações do universo, as análises reflexivas, o xixi do cachorro no tapete aqui de casa; meu lado Freud descansa. E isso não interessa mais. Talvez, um individualismo intelectual. Mas quem hoje quer desfrutar do seu conhecimento? A gente aprende só, -virtualismo-, e sempre existe aquela frase na boca de um homem, "Eu conheço uma pessoa que conhece sobre isso e isso, ela tem isso e aquilo, a casa dela é assim e assada, essa pessoa é brother que só"
Dizer que está cansado dessas coisas, é chato. Falar sobre essas coisas, é chato, quem sabe eu devesse apagar este escrito, mas acho que não sei.
O devaneio é autêntico, pega-me d'uma surpresa incrível.
No mais... todo este esboço verbal, porque os dias estão cheios, bem atarefados, e as sensações das relações são pertinentes ao que nos deixa desatento.
Saudades
Raivas
Demonstrações: ouvir, entender.
Família: situações
A execução da obra viva em velocidade real, sem pausa, sem mímeses.
Pra falar sobre essas cheiuras, sobre o dia cheio e suas consequências, além do mais, sobre as coisas que acontecem em sua vida, é preciso de um texto vazio.
Por isso, me sinto também vazio.
Quero carinho.
Uma saudade me invade: A mesa do bar, o(s) amigo(s), o violão e a boemia, até umas horas de não sei que lá.
Acho que é só saudade.
O autor não precisa morrer para que o leitor nasça, mas definhamos a mesma, como também, um caminho sem chegada de um lugar com retorno. Opção.


Matheus Carmo

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