terça-feira, 13 de agosto de 2013

Poema Terminal

Venha,
eu irei lhe ensinar como se conjuga um verbo a noite em dias comuns,
primeiramente, aqueça as torradeiras,
enquanto isso, recheie os pães, pra bons resultados, dois, com plena manteiga,
abaixe o fogo da torradeira e coloque-os para serem torrados,
quando tiver no ponto, retire os pães e coloque-os no prato,
os deixem esfriar meramente e então, vá preparando o seu café com leite,
que seja um café feito da hora, jamais tome café requentado, pouca açúcar,
bastante leite, que cheire bem.
Tenha de ante mão, bananas cozida, daquelas douradas,
machuque-as no miolo do pão, abra um pote de requeijão cremoso, e entupa o pão dele,
molhe-o no café e mastigue suavemente,
sinta a 'crocância' que há neles, e tome um gole do café,
vá fundo,
se empanzine,
não vai faltar café,
abra aquele pote em que guarda as bolachas de Cream Cracker,
mastigue-a e dê uma golada,
retire mais outra,
mastigue-a e dê uma golada,
os pães já terminaram,
então continue comendo as bolachas,
até que o café se acabe,
se entupa de verdade,
até o fim,
seus pulmões agora pedem tabaco, do bom,
apressadamente, largue a bagunça onde a deixou,
vá pegar seu tabaco, se possível, recomenda-se o Bressan Bright Blend - Fine Tobacco
e uma seda OCB, ou então uma da mesma marca do tabaco,
prepare-o, enrole-o, aperte-o, e ascenda,
e agora fume, desgraçado,
fume tudo, até seus pulmões ficarem relaxados, e aquela vontade de estar sentado ou deitado se aproxime,
por fim:


goze.

Nada como conjugar o verbo comer, fumar, e deitar.

Matheus Carmo



2 comentários: