Por hoje finda-se a tarde como quem tarda-se o fim
Uma menina pronta para aprontar nossa vida
Que dela, esteja perto do amor, ao modo que nós assim também estejamos
Que o medo e a dor,se descuide pelos cantos
Só proeza, só o vento passar
É essa maresia que me cala
É este Pôr-do-Sol faminto
E só reflexão jogada no mar
Estes dias, as palavras não tem me procurado
Nem quando sentei no advérbio
Ai eu me sinto desnútil
Ai eu me sinto meio verbo
Da nem vontade da vontade
Uma canção não consegue soar
E por isso faz-me suar
Como a sua é usar
Um estado em que a poesia é insuficiente prum tanto de tantas cousas
Um estado em que eu não tenho estado à toa
A boa é a pessoa-avoa-ecoa e zoa
Eu quero um Me-quero-me
Que minha cabeça só pula ensolarado
E tudo quanto fraqueza nas brechas da resistência
Fazendo de só, de dado...
47°C de febre nos versos acima
Todos doentios
E o último soneto que fiz, ficou com disenteria
Caganeira nas palavras que só o tempo pode nos curar
Do Cu da Sintaxe não sai nem Sintagmas
É o tempo passar
A palavra não precisa de chá
De tchá-tchá-tchá
De chacha
Só de charlar
Ou só deixar lá
Quiçá.
Pois que a poesia é o corpo de quem a faz
É o porco de quem está por trás
E é no toco que o deus estás.
Ou no topo de não existir mais
Essas palavras foram feitas pra serem estendidas no varal
E todos esses se doendo de rima,
Pra serem compreendidos no vosso reino
Foi de surpreendia que me dei por aqui
De tantas que deparei-me assim
Que agora eu só peço,
O despeço ruim.
Matheus Carmo
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