terça-feira, 10 de julho de 2012

Relojoeiro de letra.

Fazia hora da espera à taco e madeira.
- Eu era relojoeiro -

Me relojava na pulseira de contra-fundo quando regra me regrava de tempo vivo.

- eu gostava de perder tempo-

De perder tempo mesmo.
Gosto das palavras deitadas
Elas se entortam até no chão. 
A sensação não é suficiente em gramática e então viramos bocó, digo poeta.
Eu me preocupo mais com a letra do que com sensação. 
Criei o S cedilha. 
Além de deitado, é torto.

Café é chato pra texto que exalta Maria e João.

Descafé, desmaria, desjoão.

Café com leite condensado matou minha noite Macêdo.

Pisei em pisos vários.

Exerço uma integridade de mim em meu amor ao modo que uma taturana desbrocha na  pela da borba.

Invejo as coisas borbadas.
Quem borba a vida?
O Bel borba, sempre.

O Cachorrão poderia ser melhor interpretado... Mas de vermelho em rio, só tem gafarras de vinho ao chão,
Meninos de plástico ao sábado.

Também fui plastificado.

Hoje sou isso que escrevo. Eu sou escrito pela literatura.
Altura de não sei que lá.

Atrasado...
Fiz das madeiras minhas aoras
Desajuizei.




Fiquei atrasado pro resto do tempo detrás quanto que.



Matheus Carmo


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