Voltarei escrever em versos longos
quando o verbo não for mais suficiente de novo,
É diferente,
uma coisa é usar o verbo,
a outra,
é descrever o verbo,
então descrevo que descobri a conjugação verbal da vida,
usei um pouco do sêmen de Dionísio, e nasceu.
Estou muito bem conjugado de uns verbos,
e um pouco mal bocado de outros,
mas tudo bem,
os verbos passam,
de pretérito à futuro,
de futuro à lá na frente,
e se ainda, tudo por quanto sentir ou falar, ainda for incômodo, ou insuficiente,
os verbos lhe surpreendem,
pois se transformam em outras classes gramaticais
e então você os descreve,
abusa do verbo amar, chorar, sentar, morrer, e entre outros, em sua poesia, e outros textos de outras natureza.
O que fiz foi uma descrição.
O que fiz foi uma explicação.
Este texto poderia ter terminado no segundo verso, sendo assim:
"Voltarei escrever em versos longos
quando o verbo não for mais suficiente de novo."
mas acabei sentindo insuficiência, e as palavras traziam-se incômodo.
Meus-verbos-já-são-derivação-deverbal-substantival.
Jamais desistirei do escarfúnio que há na poesia,
poesia sem escarfúnio não é poesia.
Ademais, morfema precisa de esperofônio.
Existe um objetivo em cada escrita, mas nem sempre o concluo, essa mesma, era ainda pra ter terminada no segundo verso...acabei nos versos das palavras, ao modo que elas me ensejam,
e agora as palavras acabarão nos meus versos,
ao modo que eu as recebam.
Matheus Carmo
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